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ENEM


Lasadin
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Por favor, antes de entrar na discussão peço com gentileza que verifique estelinkpara se informar.

 

Sabemos que o ENEM é uma prova feita tanto para permitir bolsas e vagas em faculdades quanto para VERIFICAR O NIVEL DO ENSINO médio nas escolas (sejam publicas ou particulares), baseado nisto, proponho a vocês, O que acham do rumo que isto está tomando? O ENEM é geralmente subestimado por ser conhecido como o "maior vestibular" e outros adjetivos, sabemos que o ENEM hoje em dia nem possui tanto valor assim e sequer é um dos vestibulares mais dificeis mas convenhamos, ficar a tarde inteira sentado em uma sala desconfortável e quente fazendo uma prova de 90 questões onde o principal é a interpretação do candidato que na maioria das vezes não consegue se concentrar por alguém abrindo embalagens no meio da prova além de toda a pressão e hype criado ao longo do ano, não é uma coisa muito boa de vivenciar. E além disto, surge essas questões onde claramente vemos as famosas pegadinhas em uma prova que deveria ser séria e entender o lado do candidato que claramente nem consegue assimilar as coisas direito após ser submetido a no minimo 20 questões anteriores com textos longos e tudo mais. Pra mim o ENEM está parecendo mais um reality show do que uma prova que pode definir o futuro de muitos, deixem opniões

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  • 2 semanas atrás...

"Reality Show" é uma expressão muito acintosa. Penso que o ENEM, assim como outros vestibulares, precisa de uma reformulação. Todavia, uma reformulação nos vestibulares exige tempo e debate com a sociedade. Não esperamos que seja uma reforma precária conforme foi verificado na proposta de reforma do Ensino Médio — uma reforma apresentada por meio de uma Medida Provisória. Mas assim como no meio político, vejo pouco interesse dos cidadãos brasileiros em discutir uma reestruturação no sistema educacional no modo geral. A reforma do Ensino Médio, além de ser mal-feita, foi divulgada quando a situação já estava insustentável. Situação que agravou-se ao longo dos anos em que o Brasil foi apenas perdendo rendimento nos principais indicadores de qualidade de ensino e alfabetização, em virtude de um regime educacional desatualizado e preso ao século passado.

A pergunta faz-se necessária: há interesse político? Existe um artigo do Samuel Pinheiro Guimarães — diplomata — denominado "Nação, nacionalismo e Estado". Ele faz a seguinte reflexão: no Estado moderno faz-se necessário transformar poder econômico em político. Ou seja, nas sociedades modernas, onde cada cidadão representa um voto, os detentores de poder econômico precisam transformar esse poder em político para satisfazerem suas demandas. Imaginem os casos da Lava-Jato, geralmente envolvendo setor privado e público. Essa relação, denominada patrimonialista, é a transformação do poder econômico em político. E daí?

Os inúmeros escândalos envolvendo políticos, executivos e afins, apenas corroboram com a visão de que política é "corruptiva". Daí em diante, não nos surpreende o desprezo que o brasileiro possui a respeito da política do seu próprio país. "Políticos são todos ladrões". Essa é a frase mais célebre desta doutrina. Neste sentido, os meios de comunicação também exercerão a mesma postura, robustecendo a ideia de que o indivíduo das classes operárias, o empreendedor, empresário, etc., devem se preocupar apenas com suas atividades profissionais, deixando que a política seja regida pelos "desonestos". Como resultado, vemos que, cada vez mais, um número ínfimo de pessoas é responsável pelas mudanças no país, enquanto a sociedade assiste "bestializada" os eventos — referência ao jornalista Aristides Lobo ao comentar a expressão das pessoas com o golpe dos republicanos. A intenção é justamente essa. Denegrir a imagem do Estado como "vilão" e "corrupto" e afastar as pessoas da política, abrindo caminho para que as elites possam exprimir seus interesses transformando poder econômico em político. Somado a isso, temos a atrativa mensagem do mercado financeiro, dos sites de empreendedorismo, de investimentos, etc. de que a riqueza deve ser nosso objetivo de vida e nada mais. E para conquistá-la facilmente devemos nos submeter 100% ao mercado, especulando e especulando. O empresário, esse sim é o responsável pelo crescimento do país, porque ele combate arduamente o Estado "imoral", "corrompível" e "trapaceiro".

ENEM é reflexo do desinteresse das autoridades públicas e privadas em reformar o ensino no país. A reforma no Ensino Médio, que para mim não é reforma, é apenas uma medida paliativa.

Esses vestibulares tornaram-se provas de resistência e memória. Eu diria que é uma "seleção natural" darwiniana dos mais aptos (resistentes). Os vestibulares, de um modo geral, não preocupam-se em formar cidadãos ou mentes pensantes. É a pura aplicação de conceitos através de métodos ultrapassados. Por que eu devo decorar 1000 fórmulas matemáticas sendo que o Excel possui todas gravadas na sua memória? Ou seja, são informações sem aplicabilidade. O mercado, altamente competitivo, não quer saber se você sabe quais são as fórmulas geométricas. Você tem um problema; resolva-o.

Não me surpreende o fato de a desigualdade de renda ser tão gritante neste país. Um país que sucateia as universidades públicas não pode ser chamado de sério.

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Senti uma tendência esquerdista nesse discurso aí @Minnesota, porém concordo com 40%. ---- O ENEM tem sido um reflexo das universidade federais. Vemos cada vez mais temas vitimistas e inúteis como: identidade de gênero, feminismo, machismo e preconceito e outros mimimi de gente chorona. Há 10 anos atrás um pai teria o maior orgulho em dizer que o filho passou em uma federal. Já hoje... ele se preocupa se não verá o mesmo sair de lá vestido em uma saia segurando uma placa "sou feministo". Estou na lista de espera de uma federal em outro estado e já estou apreensivo sobre o que encontrarei por lá.

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"Revenge is too easy and over so quickly. I would hope for more than that."

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[quote name='Array']Senti uma tendência esquerdista nesse discurso aí @Minnesota, porém concordo com 40%. ---- O ENEM tem sido um reflexo das universidade federais. Vemos cada vez mais temas vitimistas e inúteis como: identidade de gênero, feminismo, machismo e preconceito e outros mimimi de gente chorona. Há 10 anos atrás um pai teria o maior orgulho em dizer que o filho passou em uma federal. Já hoje... ele se preocupa se não verá o mesmo sair de lá vestido em uma saia segurando uma placa "sou feministo". Estou na lista de espera de uma federal em outro estado e já estou apreensivo sobre o que encontrarei por lá.[/QUOTE] Discurso esquerdista? Não queria passar esta impressão. Enfim, não estou estendendo nenhuma bandeira vermelha. Inclusive já critiquei nesse mesmo fórum a postura da esquerda brasileira. Assim como critico da direita também. Procuro sempre tentar manter a neutralidade. Falar de elites, especulação, etc. não pertence à esquerda ou direita. Como entender a dinâmica do Estado sem falar de elites, do lobby ou stakeholders. Esse é o papel de um bom analista. Uma empresa de consultoria não vai contratar alguém que não saiba analisar as motivações, atores e seus interesses. Se for para se prender em discursos ideologizados ou puramente teóricos, é melhor ficar na academia ou no Facebook. Porque tanto discípulos de Marx, Keynes, Mises e outras escolas econômicas por aí, acreditam que seus mentores são a verdade absoluta. O que falta para muitas pessoas é conhecimento complementar (não apenas em uma área específica). Falar de teorias econômicas é interessante na teoria. E como levar na prática? Costumo ler comentários no Instituto Mises Brasil (escola austríaca do liberalismo econômico), de indivíduos querendo transportar identicamente modelos econômicos de Singapura e Hong Kong para o Brasil. É um total desconhecimento de geopolítica e economia política. Assim como a esquerda latino-americana que não superou ainda a mentalidade de inferioridade. São esses discursos que queremos evitar.
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