discussão Politicos devem ter o poder de reajustar o próprio salário?

['hisk 785]

"Um dos oito deputados federais do NOVO eleito neste pleito de 2018, Vinicius Poit publicou vídeo em suas redes sociais nesta segunda-feira (08) denunciando articulações para reajuste de salários de parlamentares em 16% em 2019. “Na apuração, conforme os números foram sendo divulgados, recebi algumas ligações de gente dos bastidores da política. Eles me parabenizaram duas vezes. Pelo resultado das eleições e pelo aumento de salário que já receberia no primeiro mês de mandato”, contou o deputado eleito.

 

Poit, portanto, elaborou um abaixo-assinado contra o aumento e disse que irá pessoalmente a Brasília entregar o documento quando completarem 100 mil assinaturas.

 

“Os caras esperam a eleição passar e aí metem a mão no dinheiro dos nossos impostos”, disse. Poit citou ainda os aumentos salarias após as eleições de 2010 e 2014: 61,7% e 26,2%, respectivamente.

Ele prometeu ainda que, se o aumento passar, não vai aceitar o aumento de seu salário e disse ainda que economizará 50% da cota parlamentar e contratará menos da metade dos assessores a que o gabinete tenha direito." como diz a reportagem da JovenPan.

Caso queira assinar o abaixo-assinado: Clique aqui

Deixe sua posição, o que acha disso, esse poder deveria ser retirado da mão dos políticos e ser reajustado de acordo com a inflação?

[Kraster 1.627]

Se o 4° poder existisse e fosse um poder moderador, merdas assim não aconteceriam.

[-DoubleZero- 29]

Acredito em três soluções possíveis: [LIST] [*]O poder de ajustar a remuneração dos políticos deveria ser de um 4° poder do Estado, conforme @Kraster disse acima. [*]Político não deveria ser remunerado, pois ser político não é profissão. Logo, também não poderia alterar/criar remunerações para si. [*]Ajustar o salário conforme o tempo de mandato e quantidade de contribuições realizadas, mas ai como necessitaria de um poder "moderador", cairia também na primeira solução de certo modo. [/LIST]

[BiaFoox 109]

Bom, imagino eu que, havendo um novo poder, também deverá existir alguém para fiscalizar o uso dos recursos deste , não é? rs Então, essa adição deriva o mesmo problema. A realidade é que a falha não está na falta de um poder 'específico' para tal, mas no mal uso das ferramentas fiscais já existentes. Não concordo com a ideia de que o político não deva ser remunerado, pois, ainda que muitos não façam jus de suas funções, é um cargo que necessita de tempo e dedicação, tanto que, para se candidatar, as pessoas abdicam de seus empregos para isso (e não é opcional).

A minha sugestão é a seguinte: as categorias de cunho relevante à manutenção do Estado e sua segurança (professores, policiais) estão com salários realmente dignos? Qual foi o último reajuste salarial destes? Qual é a atual situação econômica do país? O que os Tribunais de Contas tem a dizer? Há muita dívida? Externa, interna? Se em declínio, então não podem sugerir reajustes. O foco não é priorizar a população? Que sirva de limitação para essas safadezas. Infelizmente, a simples criação de um novo poder traria só mais gastos. Precisamos de limitações mais severas. A Constituição praticamente só diz que poder X não pode ganhar mais que poder Y ou que poder Z será base para o cálculo da remuneração dos outros poderes. Totalmente omissa. Chega a dar dó.

 

[!] Editado:

Eu selecionei apenas as categorias mais prejudicadas como exemplo, mas a realidade é que esses reajustes quase não existem à maioria dos servidores públicos. O setor privado pode pleitear na Justiça do Trabalho com tranquilidade, mas e eles? Ficam à mercê da boa vontade dos três poderes. Então, se não há reajuste nem nas categorias básicas do serviço público, por que diabos deveria haver nas carreiras políticas?

Fico muito revoltada com essas coisas, sinceramente. Não entra na minha cabeça uma pessoa que mal comparece nas sessões exigidas para ganhar quase 30 mil enquanto um cidadão comum trabalha dando não sei quantas aulas para tentar tirar mil e quinhentos (bruto, tá?).

Nossos representantes são uma piada.