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Angelologia


-Izaya Kurouchi
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A palavra anjo é ensinada em, pelo menos, 34 livros da bíblia sagrada e ocorre cerca de 275 vezes nas escrituras.
O vocábulo "anjo" tal qual aparece nas versões correntes, vem de uma raiz hebraica "mal'akh" (lê-se malaque). No grego, anjo vem da palavra angelos que significa mensageiro; em ambas as línguas, esta palavra pode ser usada para referir-se a mensageiros celestiais ou como a mensageiros humanos.
Nem sempre, na bíblia, eles foram chamados explicitamente de anjos, mas vários livros das escrituras, são chamados também de "varões" (Gn 18.2), "vigilantes" (Dn 4.13), "filhos de Deus" (Jó 38.7), "santos" (Sl 89.7), "estrelas" (Jó 38.7), "espíritos" (Hb 1.14) etc.
Angelologia: vem da junção de duas palavras gregas "angelos" que significa anjo, e "logia" que significa estudo, ou seja, é a ciência que estuda os anjos.
Para entender melhor sobre esses seres espirituais, devemos antes de tudo saber qual é a condição destes seres em relação ao Deus Soberano que os criou.
Deus possui cinco tipos de filhos:
1ª Filho por geração: Jesus, o Filho de Deus (Lc 2.7);
2ª Filho por eleição: Israel, a nação escolhida (Nm 23.9);

3ª Filho por formaçãoAdão, formado do barro (Gn 2.7);

4ª Filho por adoção: a Igreja, adoção de filhos por Jesus (Ef 1.5);

5ª Filho por criação: os Anjos, criados por meio Dele e para Ele (Cl 1.16).
Os anjos, também são filhos de Deus numa condição original, visto que Deus os criou, em separado e distinto de todas as outras criaturas.

 
A bíblia declara que os anjos de Deus são organizados em milícias espirituais, que povoam os céus em distintas ordens e graus. Trata-se então de uma habitação numa dimensão celestial.
A CRIAÇÃO DOS ANJOS
"No princípio criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1), no princípio, não da eternidade, mas do ato criativo de Deus, do soberano Deus Elohim, vejamos como está o referido texto no original: "Bereshith bara Elohim eth hashamaim veeth haáreths", segundo a Torá; alguns teólogos interpretam que esse versículo refere-se em primeiro lugar a criação do imaterial, ou seja, primeiro Deus cria o "hashamaim" ou "céus", isso não se referindo ao firmamento ou ao céu que está sobre as nossas cabeças, mas ao mundo espiritual, ao local de sua habitação e a todo o exército angelical.
Obervando esse texto juntamente com o texto de Jó, que diz: "Onde estavas tu, quando eu fundava a terra"? Faze-mo saber se tens inteligência... quando as estrelas (anjos) da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus (anjos) rejubilavam? ( Jó 38.4,7) Que Deus se refere aqui à criação está completamente claro, mas agora a criação não do imaterial, porém a do material. Portanto, quando na criação do material, ou seja, da terra ou do mundo físico como diz o texto, os anjos já existiam no momento que Deus lançou os fundamentos da terra, quando Ele a criou no principio do mundo, neste momento então os anjos rejubilavam, dessa forma, entendemos que os anjos foram criados antes da fundação do mundo.
 
"Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o todas as suas regiões celestes. Louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados" (Sl 142.2,5).
De Colossenses 1.16,17, deduzimos que todos os anjos foram criados simultaneamente. Igualmente, deduzimos que a criação dos anjos foi completa naquela ocasião e que nenhum outro anjo foi acrescentado depois ao seu número.
A NATUREZA DOS ANJOS
No antigo testamento o salmista os chama de espíritos ministradores: "Fazes a teus anjos ventos (espíritos), e a teus ministros, labaredas de fogo" (Sl 104.4). E no novo testamento eles são chamados pelo mesmo termo: "Não são porventura todos eles (anjos) espíritos ministradores, enviados a favor daqueles que hão de herdar a salvação"? (Hb 1.4).
Alguns escritores renomados, já discutiram bastante sobre a natureza dos anjos. Martinho Lutero, grande reformador alemão, define tais seres da seguinte maneira: "O anjo é uma criatura espiritual sem corpo físico criada por Deus para o serviço da cristandade e da igreja".
 
Este fato, entretanto, não impede sua transfiguração quando se fizer necessária (Gn 18.2,22); pois os espíritos dos homens no estado eterno, embora desincorporados, têm seu relacionamento com o homem aparecido em forma humana material: Moisés, no monte Santo, também Elias, foram vistos assim (Mt 17.1-5). Os anciãos que apareceram a João no apocalipse tinham também forma humana. (Ap 5.5).
O CARÁTER DOS ANJOS
"Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonharem, dele se envergonhará o Filho do Homem quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos" (Lc 9.26). As escrituras no dão a entender que, antes da queda dos anjos, em um passado remoto, eles eram santos apenas no seu caráter, mas não eram no seu ser (Ez 28.16). Porém, aqueles anjos que se mantiveram fiéis a Deus durante a grande revolta de satanás, guardando o seu estado original, Deus os confirmaram em santidade tanto no seu caráter como em seu ser. Declarando-os"...
santos anjos". Porém, jamais devemos admitir a idéia que os anjos fiéis, depois da grande revolta, perderam o livre arbítrio porque embora tenham se tornados perfeitos, Deus nunca retiraria essa condição dos anjos, nem de qualquer outra criatura, pois nenhuma criatura feita por Ele seria obrigada a servi-lo e adorá-lo. Eles possuem um senso de apreciação da santidade do Criador, e adoram d forma espontânea, livre (2Co 3.17).
 
As escrituras não usam termo atual sobre o pecado dos anjos que caíram, tais como: "os anjos que pecam" ou "aos anjos que estão pecando", mas usam, sim, a expressão: "aos anjos que pecaram" (2Pe 2.4 e Judas v6). A partir daí, sua santidade, à semelhança da santidade de Deus, não é apenas uma isenção de toda impureza moral, mas antes, o conjunto de todas as excelências morais. Eles são exatamente na era atual aquilo que Deus quer que eles sejam.
Uma grande confusão a respeito dos anjos
Um relato bíblico que se encontra em Gn 6.2, diz: "Vendo os filhos e Deus que as filhas dos homens eram formosas tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram". Alguns chegaram afirmar que os "filhos de Deus" que aqui está descrito tratam-se dos anjos, porém devemos considerar que: 1ª as escrituras não relatam uma segunda queda dos anjos depois da grande rebelião; 2ª a bíblia não cita qual destes supostos anjos seria o líder para incitar os demais a tomar essa iniciativa pecaminosa, ou seja, se um grupo e anjos caiu essa suposta queda teria um líder; 3ª assim como, a expressão "estrelas" não simbolizam apenas os anjos, mas as estrelas do firmamento, a expressão "filhos de Deus" no Antigo Testamento, poderia simbolizar a linhagem escolhida de Sete que se desviando dos propósitos de Deus se misturou com outras linhagens, causando assim, uma desaprovação de Deus vindo a gerar varões valentes e de renome, na antiguidade. Jesus é claro em afirmar que o anjos não se casam e não se dão em casamento (Mt 22.30).
O NÚMERO DE ANJOS
A quantidade existente de anjos é única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados ou diminuídos. Eles não procriam e foram criados de uma só vez pelo poder da palavra de Deus. A bíblia utiliza a expressões variadas para designar: "milhares de milhares", "multidões dos exércitos celestiais", "muitos milhares de anjos" (Ap 5.11; Dn 7.10; Dt 33.2; Hb 12.22; Lc 2.13). É impossível determinar o número de anjos porque é incontável e é o mesmo número de todos os tempos, desde que foram criados (Sl 148.2-5).
Deuteronômio 33.2: menciona que o Sinai, junto com Deus, estavam miríades de anjos — uma miríade é igual a 10.000 anjos.
Mateus 26.53: Jesus afirma que poderia pedira ao Pai "mais de 12 legiões de anjos" — uma legião equivalia a 6.000 soldados. Assim, Jesus poderia ter 72.000 soldados naquele instante.
"Os carros de Deus são vinte mil, sim, milhares de milhares. No meio deles está o Senhor: o Sinai tornou-se santuário" (Sl 68.17). Matthew Henry comenta este trecho: "Os anjos são os carros de Deus, são seus carros de guerra, seus carros de transporte que envia aos seus Amigos, como fez o para Elias (2Rs 2.11-12)..., seus carros de gala, em meio aos quais revela sua glória e poder. São imensamente numerosos: "Vinte mil, milhares de milhares"; e ainda, Eliseu ora a Deus pedindo que abra os olhos do seu moço, para que ele veja a multidão de cavalos e carros de fogo ao redor do homem de Deus (2Rs 6.17).
OS ANJOS E A ETERNIDADE
Duas caraterísticas primordiais são inerentes a estas criaturas espirituais: a primeira delas é a juventude e a segunda é a beleza.
Acreditamos que a passagem de Jó 38.7, os anjos são reputados ali como sendo, estrelas da alva, isto é, são comparados com alvorada! Eles não têm a eternidade na mão como Deus, porque eterno só o nosso Deus; para se entender melhor devemos partir do princípio do que é ser eterno:
"Ser eterno é não possuir princípio, e nem fim". Portanto, os anjos não são eternos, porque um dia eles foram criados (Cl 1.16), porém possuem a Vida Eterna, conforme disse Jesus: "...não podem mais morrer" (Lc 20.36).
A PERSONALIDADE DOS ANJOS
Os anjos possuem personalidade como nós seres humanos, porém devemos destacar que a nossa personalidade por enquanto, está sujeita a corrupção do pecado, mas a deles está em um estado de santidade perfeito como já falamos.
Os anjos em sua personalidade possuem:
Sabedoria: são detentores de grande sabedoria (2Sm 14.20);
Intelecto: possuem a capacidade de perscrutar, de investigar minuciosamente, ou seja, grande poder de raciocínio (1Pe 1.12);
Emoção: foram tomados de grande emoção no momento do nascimento do Salvador (Lc 2.13-14);
Vontade: demonstraram vontade se desejavam continuar servindo ao Criador ou se serviriam a Lúcifer (Judas v6).
A ORGANIZAÇÃO DOS ANJOS
A bíblia nos ensina que os anjos estão organizados da seguinte forma:
Arcanjos: a palavra arcanjo representa a mais elevada posição na hierarquia angelical. O prefixo arc vem do grego archai, sugere tratar-se de um chefe, um príncipe, um primeiro-ministro. Entre os livros apócrifos, existe o livro de Enoque, que apresenta sete arcanjos, a saber: Uriel, Rafael, Raquel, Saracael, Miguel, Gabriel e Remiel. Mas o único nome dessa lista que aparece nos livros canônicos da Bíblia que usamos é o do arcanjo Miguel, que significa "Quem é como Deus?" (Judas v9). Esse arcanjo se destaca como uma espécie de administrador e protetor dos interesses divinos em relação a Israel (Dn 12.1; Judas v9). O arcanjo Miguel é denominado "príncipe dos filhos de Israel" porque é o guardião dessa nação. Na visão apocalíptica que João teve na Ilha de Patmos, o arcanjo Miguel surgirá como grande comandante dos exército celestiais contra as milícias satânicas, representadas pelo dragão, símbolo de Satanás (Ap 12.7-12).
Na vinda pessoal do Senhor Jesus, na primeira fase de convocação dos remidos do Senhor, a escritura não dá nome ao arcanjo, mas declara que a voz do arcanjo será ouvida pelos mortos, os quais ressuscitarão primeiro e se levantarão de suas sepulturas para ir ao encontro do Senhor nos ares (1Ts 4.16).
Querubins: essa classe de anjos se destaca pela ligação que possuem com o trono de Deus. A palavra querubim, no original hebraico é querub, tem o sentido de "guardar, cobrir". Eles aparecem pela primeira vez na bíblia em Gn 3.24 no Jardim do Éden para guardar a entrada oriental, a fim de que o homem que havia pecado contra o seu Criador não tivesse mais acesso ao caminho da árvore da vida. O que aprendemos dos querubins é que eles possuem uma elevada posição na corte celestial e estão diretamente ligados ao trono de Deus (1Sm 4.4; Sl 80.1; Is 37.16). Em Ezequiel 10, os querubins aparecem cheios de olhos e o trono de Deus está acima deles. A ligação com o trono de Deus nos ensina que eles são guardas ao acesso à presença do Altíssimo.
No novo testamento a palavra querubim ocorre apenas em hebreus 9.5: "...os querubins da glória". A frase "querubins da glória" é empregada numa descrição do Santo dos Santos, ficam de guarda, sustentam o trono, são seus embaixadores extraordinários têm suas posições e ministérios distintos (Ez 28.13-14) e permanecendo em estado intenso de adoração contemplando a glória do Eterno (Ap 5.8-10).
Serafins: o vocábulo Serafim deriva do hebraico "seraph", e significa ardente, refulgente ou brilhante, nobres ou afogueados. Esta classe de anjos aparece uma só vez na Bíblia em Isaías 6.1-3 Neste texto, os serafins estão intimamente ligados à adoração e louvor ao Senhor. Nesse serviço ele mantém, proclamam e promovem a Santidade de Deus. Na visão de Isaías os serafins são representados com seis asas. As asas de todos os serafins tinham funções especificas, com duas cobriam o rosto, numa atitude de reverência diante do Senhor, com duas cobriam os pés, demonstrando a santidade que deve ter ao andar diante de Deus, e com as duas últimas eles voavam, demonstrando a liberdade de adoração diante do Eterno. Essa visão de Isaías de anjos lados não significa que todo o anjo obrigatoriamente, tem que ter asas, mas essas asas são para demonstrar para o profeta a capacidade que esses anjos têm para se locomover e se movimentar, a fim de realizar a vontade do Eterno. Esses anjos lideram os céus na adoração ao Todo-poderoso, e movidos pelo Espírito Santo, purificam os servos de Deus para o culto e serviço aceitáveis (Is 6.6-7).
Anjos; ao que parece, a palavra "anjo" determina um termo geral, relativo aos seres celestiais. Entretanto, além deste termo geral, percebemos uma categoria chamada "anjos", que em sua forma difere de outras categorias, como a dos Serafins e a Querubins (feição de rosto, asas, etc). O único anjo mencionado pelo nome é Gabriel, onde na visão de Daniel ele aparece voando rapidamente, mas não possui asa (Dn 9.21).
Geralmente eles aparecem em forma humana, podendo até mesmo ser confundidos com homens (Gn 19.4-5; Js 5.13).
CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
Esta é a classificação angelical, segundo o texto de Colossenses 1.16:
Tronos: conforme está no orriginal grego, "thronoi" tem um sentido especial porque se refere a uma classe e anjos que está ligada diretamente à majestade e soberania de Deus. É possível que os querubins com os seres sobre os quais Deus está assentado e reinando (1Sm 4.4; Êx 25.18-22; 2Rs 19.14). É interessante fazer uma ligação tipológica dos anjos-tronos com os carros que Deus anda e ostenta sua glória no universo (Sl 68.17). Também encontramos essa linguagem acerca dos anjos comparando-os e tipificando-os "aos carros da salvação" e ainda destaca o Senhor "montado sobre cavalos" (Hc 3.8). Não ha nenhum tom negativo ou humilhante nessa tipologia sobre anjos como cavalos, porque na mente antiga, os cavalos são símbolos de força e serviço (Sl 18.10).
Domínios: vem do termo grego "kuriothes ou kuriotethoi" tem o sentido de soberanias ou dominações (Ef 1.21). A classe especial de anjos dominadores tem como função principal executar as ordens de Deus sobre as coisas criadas. Paulo diz que esses anjos executam as ordens divinas sob autoridade de Cristo. Entende-se pelo contexto doutrinário pelo papel dos anjos, que essa classe anjos "dominadores" age de forma executiva sobre o universo o sobre determinadas esferas espirituais.
Principados: a palavra principado no grego bíblico é "archai", refere-se a uma classe de anjos que na corte angelical ocupa a posição de príncipe. Nos reinos terrestres, os principados regem sobre os territórios pertencentes aos seus respectivos reinos, assim como, o Arcanjo Miguel tem o seu governo ligado à nação de Israel.
Porém, é muito difícil estabelecer uma ordem específica, podemos ver isto na história de Lúcifer (na tradução para o latim — Vulgata), o qual havia sido estabelecido e as pedras afogueadas era a tua cobertura, e ainda Deus o chama de selo da perfeição (Ez 28.12-14). Supõe-se que ele ocupava a posição de um principado, mas perdeu essa posição porque se rebelou contra Deus (Is 14.13).
Potestades: a palavra potestade vem do grego "exousiai". Não se trata de poderes angelicais isolados, mas são chamados de potestades, porque foram investidos de uma autoridade especial. Vários exemplos se destacam na bíblia das ações poderosas dessa classe de anjos. Um destes anjos fora enviado por Deus para destruir Jerusalém e só parou a destruição quando Deus ordenou que guardasse a sua espada (1Cr 21.15-27). O salmista destaca anjos que são magníficos em poder (Sl 103.20). Embora essa classe de anjos seja poderosíssima, eles não são Onipotentes, pois Onipotente só o Deus Trino. A magnitude desses poderes se limita ao nível de capacitação dada por Deus para o cumprimento de suas tarefas.
OS ANJOS E SEUS MINISTÉRIOS
Os anjos possuem diversas atividades muito importantes como: serem transmissores da vontade de Deus (Dn 8.16-17; Zc 1.8-17), louvarem constantemente a Majestade Eterna (Is 6.3), participarem do ministério da Igreja de Cristo (At 12.15; 1Co 11.10) e muito mais, além e ajudar aqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.4), protegerem as crianças (Mt 18.10); eles possuem ministérios específicos, vejamos:
O Ministro da Justiça
"E o Senhor mandou um anjo a Jerusalém para destruí-la; e, ao destruí-la ele, o Senhor o viu, e se arrependeu daquele mal, e disse ao anjo destruidor: Basta, agora retira a tua mão, e o anjo do Senhor estava junto à eira de Ornã, o jebuseu" (1Cr 21.15). De todos os ministros dos anjos esse é um dos mais poderosos devido à natureza de seu ministério, nesta ocasião de forma rápida esse ministro matou 70 mil homens do povo de Jerusalém, devido o recenseamento realizado pelo rei Davi sem devida permissão. Ele esteve executando juízo no Egito contra faraó e contra os primogênitos do Egito (Êx 11.4-7; Êx 12.12-27).
Em uma noite exterminou 185 mil homens do exército de Senaqueribe, rei da Assíria (Is 37.36).
O Ministro da Comunicação
"E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas" (Lc 1.19). O anjo Gabriel vem citado nas seguintes passagens das escrituras (Dn 8.16; Dn 9.21; Lc 1.19,26). Seu nome em hebraico é "Gabhri'em, e significa "o herói de Deus" ou segundo outros, "varão de Deus". De acordo com a tradição judaica Gabriel é o mensageiro da paz e da restauração. E ainda, observando o texto acima, vemos que ele ocupa posição de ministro como ele mesmo diz: "..., que assisto diante de Deus,..." Gabriel está nas escrituras sempre trazendo da parte de Deus mensagens importantíssimas como mensagens que trouxe para Daniel (Dn 8.16; Dn 9.21), o anúncio do nascimento do nosso Salvador Jesus a Maria (Lc 1.26). Esse anjo é um elevado membro da corte celestial.
O ministro da Guerra
"Houve guerra no céu. Miguel e seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;" (Ap 12.7). Miguel está sempre ligado à guerra, não só guerreando por Israel, mas sua função principal é guerrear para defender a majestade de Deus, pois nenhum ser criado pode ser "semelhante a Deus" e assim nasce o nome Miguel. No texto acima, ele está combatendo o Diabo na grande rebelião nos céus, e como sempre triunfa, pois está revestido do poder do Deus Eterno. Observando ainda, o texto Miguel está com seus anjos, ou seja, na condição de "ministro da guerra" esses anjos que fazem parte do exército celestial estão sob o comando deste grande general angelical.
O Ministro das Águas
"E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és Tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas" (Ap 16.5). Esse texto demonstra claramente que existem elementos naturais que o Senhor Deus delega autoridade para serem regidos por anjos que estão na função de ministros como lido no texto acima, Esse anjo exclama justiça quando a taça da ira de Deus é derramada nos rios e nas fontes das águas e as mesmas se tornam em sangue (Ap 16.4), área pela qual esse ministro está responsável, como o próprio nome diz:"...anjos das águas..." (Ap 16.5).
Existem diversos ministros no céu, somente no livro de apocalipse cerca de 71 vezes, esses seres são mencionados com ministérios específicos, e devemos esclarecer que eles não agem pela vontade, mas agem exclusivamente obedecendo às ordens do Altíssimo. Um deles dirigiu a redação do livro de apocalipse para João (Ap 1.1; Ap 22.6,16).
Embora os anjos estivessem presentes na criação, nenhuma referência foi feita ao ministério deles até os dias de Abraão. Só apareceram em Gn 16.7 e a partir daí, eles estão presentes até no último capítulo da bíblia (Ap 22.16).
E ainda, ajudam a trazer as pessoas para salvação. Um anjo fez com que Felipe fosse a um lugar ermo, onde encontrou o eunuco etíope e conduziu-o para Cristo (At 8.26). Outro ser celestial fez com que Cornélio mandasse buscar Pedro, que lhe levaria o Evangelho da Salvação (At 10.1-8). Jesus certa vez afirmou que os anjos estão com o servo fiel na hora da morte, pois são eles que conduzem para o Céu (Lc 16.22).
O ANJO DO SENHOR
No Salmo 34.7 diz: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra". O anjo do Senhor é a expressão usada, quase sempre, no Antigo Testamento para designar o próprio Cristo em várias de suas manifestações antes de sua encarnação, podendo ocorrer uma teofania. Como está descrito nesse salmo temos o privilégio de termos o Senhor Jesus acampado ao nosso redor como nosso fiel guardião. Assim sendo, em algumas vezes aparece à expressão "Anjo do Senhor" ou "Meu Anjo" quando Deus fala, é representado como um ser celeste enviado para tratar com os homens como seu agente ou seu embaixador pessoal e porta-voz.
Em muitas passagens ele é distinto de Deus, mas depois é identificado como sendo de fato uma personalidade divina em sentido Uno, não somente fala em nome de Deus, mas fala como o próprio Deus, na 1ª pessoa do singular. Como exemplo disso, tal fato ocorreu com Manoá, pai de Sansão, que em determinado momento indagou ao Anjo do Senhor: "Qual é o teu nome,..." e ele respondeu: "Por que perguntas assim pelo meu nome, que é maravilhoso?" (Jz 13.17,18) corroborando com este texto a profecia de Isaías 9.6 que disse que o nome do Menino será "Maravilhoso".
Um dos trechos mais claros é o de Gn 18, quando três homens aparecem diante de Abraão. Dois são chamados de anjos e um deles é chamado de Senhor.
Assim, percebemos que em algumas passagens da Bíblia, o Anjo do Senhor, aparece como um anjo mesmo, pertencendo aos exércitos de Deus. Outras vezes, a menção ao Anjo do Senhor diz respeito a uma aparição de Jesus, no Antigo Testamento.
OS PERIGOS DOUTRINÁRIOS SOBRE OS ANJOS
A desvalorização do sobrenatural
O apóstolo Paulo provoca uma grande confusão perante o Sinédrio (reunião de autoridades do povo judeu), Paulo se declara favorável à ressurreição dos mortos (At 23.6-8). Ele disse isso, porque no Sinédrio havia muitos saduceus.
Mais do que uma linha religiosa, os Saduceus praticamente era um partido político entre os judeus, composto principalmente por pessoas da elite intelectual, dos ricos e da linhagem dos sacerdotes. Não criam na ressurreição dos mortos, nem em anjos, nem em demônios, e criam que o homem definia ao seu futuro através de suas boas ou más escolhas (Mt 22.23; Mc 12.18; Lc 20.27).
A supervalorização do sobrenatural
Enquanto os Saduceus não criam na ressurreição e nem nos anjos, havia outra linha doutrinária que ia para outro extremo, que valorizava exageradamente os anjos. No inicio da era cristã, apareceram pessoas que espalharam idéias absurdas, como afirmaram que os anjos deveriam ser cultuados como se fossem deuses. Paulo rebate essa idéia, um problema que surgiu na igreja de Colossos, vejamos:
O culto dos anjos
"Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado sem motivo algum na sua mente carnal,..." (Cl 2.18). Havia alguns indivíduos no seio da igreja de Colossos ensinando com uma aparência falsa de humildade e ensinando a adoração aos anjos como sendo apropriado aos crentes daquela igreja, reivindicando, para isso percepções místicas especiais, através de visões (baseando-se em visões). Colocavam a Deus em uma posição inalcançável ou inatingível, os anjos com seus agentes acessíveis, sendo dignos de receber o culto e a adoração. O problema básico era a mente carnal, egoísta, destas pessoas.
"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que temos pregado, seja anátema" (Gl 1.8).
Verdadeiramente Paulo além de alertar a igreja de Deus o apóstolo, também fora inspirado por Deus em uma palavra profética. Diversas religiões do mundo vieram a existir, segundo seus fundadores por revelações entregues por anjos. O islamismo, segundo sua história, o profeta Maomé recebera uma revelação do Arcanjo Gabriel, vindo assim, a surgir o Alcorão ou Corão (Livro principal do Islã), sugerindo assim o Islã. O mormonismo, segundo relato de Joseph Smith, quando estava em seu quarto em plena madrugada fora visitada por um anjo de nome Morôni que indicou o evangelho celeste, sugerindo a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Os anjos não aceitam adoração
Na revelação do livro de apocalipse o apóstolo João por duas vezes se prosta aos pés do anjo para adorá-lo, mas o mesmo não aceitou tal adoração, e diz ser conservo de João, de seus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro (a Bíblia). E ainda, afirma: "Adora a Deus" (Ap 19.10; Ap 22.8,9).
JESUS É SUPERIOR AOS ANJOS
O autor de Hebreus afirma que Jesus é tão superior aos anjos, que é expressão exata de Deus: Hb 1.3-4 "O Filho é resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentado todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, tornando-se tão superior aos anjos, quanto o nome que herdou é superior ao deles".
Paulo em 1Tm 2.5, diz que entre Deus e os homens, há apenas um mediador ou intermediário: Cristo Jesus, homem.
HOMEM, UM POUCO MENOR QUE OS ANJOS
A Bíblia, Hb 2.5-7, nos diz que Deus fez o homem "um pouco abaixo dos anjos" (em algumas traduções, aparece "um pouco menor que os anjos"). isto não quer dizer que o Senhor menosprezou os homens, colocando-os como seres de 2ª categoria. O homem é tão importante que foi feito "à imagem e semelhança de Deus", o que não aconteceu com nenhuma outra criatura, sendo chamado de coroa de toda a criação.
 
Editado por Kanako
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Eu ficaria surpresa com a quantidade de informação sobre os anjos presente na Bíblia. Parece que eles têm muitas funções diferentes, desde ajudar as pessoas a encontrar a salvação até proteger aqueles que temem a Deus. Também fiquei interessada em saber sobre os Saduceus, que não acreditavam em anjos ou ressurreição, e como isso contrasta com aqueles que supervalorizavam os anjos ao ponto de querer adorá-los. É interessante notar como algumas religiões surgiram a partir de supostas revelações de anjos, mas a Bíblia nos lembra que os anjos são criaturas criadas por Deus e não devem ser adorados. No final, parece que a chave é ter um equilíbrio e não exagerar tanto na crença em sobrenatural, seja desvalorizando ou supervalorizando.

 

E ah, a formatação do seu texto tornava a leitura estranha no tema Dark e foi editada.

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