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#1 Invente seu void


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#1 Invente seu VOID

Acabou de rolar um coco no evento passado , por causa do bendito Google.Para compensar , tive que bolar um evento onde , todos possam participar e ganhar prêmios bolados , xisdê.Esse evento teve como idéia inicial , algumas idéias da história de Guilty Crown.O objetivo do evento é criar um personagem e criar também , um Void .

 

O que é void?

Voids são :

Objetos com propriedades especiais que refletem a personalidade dos seus proprietários.Também existem casos de Voids com formas de traumas , isto é , representa em forma de objeto algum trauma que houve no passado.

Exemplo:

Existe um personagem em Guilty Crown , cujo não vou citar nome , que possui o seu void em forma de Tesoura devido a traumas no passado com o mesmo.

 

 

 

 

Modelo de inscrição:

Será obrigatório postar da seguinte forma:

Nick:

Personagem:

Void:

 

 

 

 

REGRAS

Não
será permitido a postagem de
moderadores
nem
[
E
]stagiários

A
penas
uma
postagem por usuário.

P
osts sem ser a inscrição , será punido por leve violação das regras.

A
s postagens deverão conter somente textos , não será permitido postagem de imagens para representarem Voids

 

 

 

Avaliação

O quesito de avaliação será a criatividade e as criações melhores estruturadas

 

 

 

Cronograma
[TABLE=class: grid, width: 500, align: center]

[TR]

[TD]
Começo e fim das inscrições:
[/TD]

[TD]12/11/2013 - 26/11/2013[/TD]

[/TR]

[TR]

[TD]
Votação:
[/TD]

[TD]27/11/2013[/TD]

[/TR]

[TR]

[TD]
Resultado:
[/TD]

[TD]27/11/2013[/TD]

[/TR]

[/TABLE]

 

Premiação:

[TABLE=class: grid, width: 500, align: center]

[TR]

[TD]
1º Lugar
[/TD]

[TD]60 pontos , 200 posts[/TD]

[/TR]

[TR]

[TD]
2º Lugar
[/TD]

[TD]50 pontos , 175 posts[/TD]

[/TR]

[TR]

[TD]
3º Lugar
[/TD]

[TD]40 pontos , 150 posts[/TD]

[/TR]

[/TABLE]

 

 

 

Dúvidas:

 

 

Boa sorte a todos e que dê tudo certo desta vez :3

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Nick: 0maximo

Personagem: Shiro quando era criança era bastante desastrado e por isso acabava se machucando sempre quando ia brincar. Um dia, quando ele tinha 10 anos, ele queria fazer uma surpresa para os país e iria fazer o jantar para quando os pais chegassem pudessem desfrutar de uma refeição, com ajuda de um livro de receitas ele começa a preparar o jantar. Porém, enquanto cortava a cebola ele se distraiu e acabou cortando um dedo o que acabou traumatizando-o de objetos cortantes.

Void: O Void de Shiro não é uma arma, é um aperfeiçoamento, quando o Void de Shiro é aplicado à um objeto cortante o mesmo pode cortar qualquer coisa com facilidade.

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Ouma é v1ad0
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Nick: maruto_500

 

Personagem: Nome, Sebastian Schmerzer.

Sebastian é uma pessoa que gosta de copiar coisas, objetos, personalidades até pessoas. Ele é uma pessoa muito reservada, que não gostar de expor seus sentimentos e sua personalidade, por isso ele copia as pessoas que ver na tv e na rua. Isso tudo porque uma vez ele foi rejeitado por uma garota na infância, pelo modo que ele andava e falava, então toda escola começou a tirar sarro de Sebastian que se traumatizou com este evento, um dia ele prometeu que eles iriam pagar um dia e que nunca mais iria expor seus sentimentos e o jeito que ele é.

 

Void: Perfekte Kopie(Cópia Perfeita ou Perfeita cópia)

O formato dele é de uma pistola só que, a ponta da pistola tem um Scanner, que permite ele cópia à aparência das pessoas.

O void também permitia que ele cópia-se lembranças das pessoas.

Conseguia até copiar void's, só que com grandes consequências.

Uma delas é que seu corpo podia ser afetado gravemente diminuindo seu tempo de vida.

 

Só que seu void também podia ser usado para copiar personalidades.

Então ele planejou se copiar, para que quando fosse afetado por copiar um void, passar suas lembranças e personalidade para outro corpo mais resistente.

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Hello Ladies

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Nick: @Erickpaini

 

Personagem: Nigato Eri é um estudante de 18 anos. Aos 15 anos de idade, Eri namorava Onama Ikuy de 15 anos também, no dia que iriam completar 1 ano de namoro, Ikuy foi brutalmente assassinada por um homem misterioso cujo poderes eram denominados "Voids". Poucas pessoas no mundo tem voids, apenas aquelas que realmente tem uma personalidade forte em algo, como por exemplo, o caso de Eri, obcecado em achar o assassino de Ikuy, com isso, ele desperta seu Void, uma Bússola.

 

Void:

 

 

Após despertar a Bússola ("Compass") ele percebe que tem o poder de achar pessoas na qual realmente quer achar. Resumindo, Eri, com seu Void, poderá encontrar qualquer pessoa se realmente desejar encontra-la, tornando assim, possível encontrar a localização do assassino de Ikuy.

www.twitch.tv/hecareca
 
Erwin Smith
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Nick: 'Cнiiρ

 

Personagem: Mika-chan , uma garota que perdeu seus pais quando foram morar em uma casa nova, em uma construção , uma parede mal arquitetada desabou sobre os dois quando estava desatentos e não puderam resistir ao peso os levando a morte . Mika-chan tinha saído para comprar suprimentos para a casa nova e quando voltou encontrou seus pais mortos ... :chorando:

 

Void: Seu void está relacionado ao seu trauma com paredes , em forma de bloquinhos de tijolo , apesar de ele ser o trauma de Mika-chan , ultimamente ele vem ajudado a superar o seu trauma ...

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Nick: ' Business

Personagem: Bus

Void: Seria uma lanterna ao contrário, que ao invés de fazer luz deixa tudo escuro com só você podendo ver :P;

Virei estagiário só com 10k de posts, virei browser zone, depois games zone, fui convidado pra global, mas recusei e quitei da staff, sai do fórum pois não me alegrava mais e agora de vez em quando volto aqui para dar um oi.

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Nick: ~DeadMan

Personagem: Derick. Ele quando pequeno sofria muito com seu pai e sua mãe brigando, muitas vezes um pegava uma faca contra o outro, então um dia o pobre garoto com apenas 7 anos resolveu intervir em uma dessas brigas.. Mas deu errado seu pai matou sua mãe e quase o matou. Levaram ele apressadamente para algum hospital onde ele se recuperou. E ficou com ódio da vida e do mundo!

Void: Uma faca, é seu void por traumas no passado com o objeto em questão.

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Nick:

RomneyTitonelli

Personagem:

Okayu é um garoto que estuda em Hyud, uma escola especial, pois conta com uma rigorosa média e que ensina coisas diferentes de outras escolas, como lutas. Certa sexta, Okayu estava indo para casa, após sair da escola, e resolve pegar um beco como atalho. E foi aí que ele encontrou um homem que tentou matá-lo. Apesar de não entender porquê, ocorreu uma perseguição, e quando Okayu resolveu se esconder ao lado de uma imensa lixeira, acabou achando uma Katana. Surpreendido, colocou a mão na bainha dela e esperou um pouco. Quando o perseguidor passou, ele rapidamente tirou a espada da bainha e a sentiu vibrar intensamente, quando ela finalmente se estabilizou, ele sentiu um poder fluir pelo seu braço, que depois passou à todo o corpo. O medo de arriscar a tentativa de matar o perseguidor fora embora, e agora ele queria mais que tudo matar aquele homem. Assim ele fez. Atravessou o crânio do mesmo com a Katana, ligou para a polícia, dizendo onde o corpo estava, e fora embora.

Void:

Após Okayu matar o perseguidor e sentir o fluir do poder em seu corpo, ele percebe que nunca mais deveria abandonar aquela Katana. Após chegar em casa e se trancar no quarto, ele escreveu seu nome na lamina usando uma outra faca menor, própria para isso, e a guardou. No outro dia, fez bonecos de palha em seu quintal e começou a cortá-los como forma de treino, mas percebeu que não precisava disso: estava pronto, mas não sabia para o quê. E foi aí que tudo mudou, pois uma mulher louca e psicopata pulou em seu quintal, abriu asas e tentou atacá-lo, mas num golpe sábio, ele cortou uma das asas logo quando ela começava a voar, e quando ela caiu, cravou a espada em seu peito. Pensara agora: Que criatura era aquela? Como ela veio parar aqui?

No dia seguinte, Okayu acorda e não encontra ninguém em sua casa, e quando vai novamente ao quintal, encontra seu pai, mãe e irmã mortos no chão e vê uma nova criatura comendo os corpos dos mesmos. Após matá-los, acaba percebendo que está agora sozinho no mundo e resolve se vingar disto, matando todas bizarras criaturas que visse, usando sua Katana agora nomeada de Hayaku.

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Guilty crown: Chaos’ power

 

ギルティクラウン - GUILTY CROWN: CHAOS’ POWER

 

Nick: mateustebaldi1

 

Nome próprio do protagonista: Kigen

 

Nome Herdado do protagonista (sobrenome): Kontonno

 

VOiD: Lança Trium, também conhecida como Lança do Caos, a arma mais poderosa do Universo e criadora de tudo, literalmente, na mitologia grega.

 

Descrição breve do protagonista: Paupérrimo, baixíssimo, asiático mas com olhos relativamente grandes, usa óculos, cabelos negros, cheios até os ombros e lisos, e olhos âmbar e vítreos, 17 anos. Antissocial devido às mortes e contendas familiares, além dos traumas de infância. Melancólico e intelectual em nível autista, não se dá muito bem na escola ou com as pessoas. Mesmo assim obteve a amizade de duas pessoas: Otonashi Yuki, a representante de sua classe, e Yamashita Tadashi, o brincalhão da turma e um dos mais populares, além de “namorar” a donzela Fujiwara Mayumi.

 

A partir daqui é uma fanfic baseada na história do personagem para enriquecer o passado do mesmo. Vocês não são obrigados a ler, até porque é meio grande, mas se quiserem, por favor, o façam. Não está concluída, é apenas um capítulo. Os próximos postarei no link lá em baixo u.u

 

I – The First Queen

Ano 2028, um ano antes do Lost Christmas. Kigen, um garoto tímido e calado estava assistindo a tudo. Enquanto sua mãe estava apoiada em uma parede, o décimo quinto amante do mês penetrava nela sem pudor. Eles ignoravam a criança que lá estava. O garoto chorava, fazia greve, insistia há dias atrás, porém não houve retorno: seus pais se divorciariam. Sua mãe já não tinha mais respeito consigo mesma, pois afundara em uma depressão patológica. O pai nada pudera fazer. Tal filho, tal pai. Da mesma maneira que Kigen é passivo, o pai também era. Contudo o menino não aguentava mais assistir aquilo. Não era certo ele ficar parado enquanto sua querida mãe se entregava a qualquer um. Respirou fundo e, com uma coragem incomum, gritou:

Parem com isso! AGORA!!

O casal prostituto olhou para Kigen assustados. O garoto correu na direção deles, tentando separar os dois com as mãos e braços frágeis. O homem alto e forte desmontou da mãe do menino e, com um tapa, derrubou violentamente a criança no chão gélido. A mãe ajeitou-se e, com as mãos na boca e os olhos arregalados, estava estagnada com o susto.

Quem você pensa que é, moleque?! – o homem impiedoso gritou completamente nu.

Kigen, olhando para o chão, mal conseguia raciocinar. Após alguns milhares de segundos, o garoto compreendeu a mensagem e, após limpar a boca e se levantar trôpego e trêmulo, encarou o tirano e, com uma expressão firme como rocha, anunciou:

Eu sou... Kontonno Kigen! O Caos da Origem!

Você só tem nome, pivete – o homem zombou, virando para a mulher em seguida. – Bem que eu te avisei que ele nos atrapalharia.

É mesmo, não é...? – a mãe concordou, recuperando-se do susto. – Kigen.

Sim, mamãe?

Sai daqui. Agora.

Mas...!

SAI!

Lágrimas surgiram nos olhos do pequeno. Uma angústia formava-se no minúsculo peito e, após uma hesitação e milhares de pensamentos o congelarem, ele berrou como uma criança chorosa e começou a correr para fora da casa. O homem, atrás de Kigen, ria macabramente. Ele olhou para trás uma última vez antes de partir, só para ver a mãe... acenar para o mesmo e aprovar sua partida. Seu ódio aumentou ainda mais, e o tal desviou o olhar da mulher nua sem pestanejar. Enquanto as lágrimas, que no momento se silenciaram, inundavam o rosto do jovem, seu coração se fechava para o mundo de vez.

***

Ano 2039. Shu sabia o que fazia. O sacrifício final era necessário para consumar o ápice de sua pena como o “culpado de todos os crimes do mundo”. The Everlasting Guilty Crown, a Eterna Coroa do Culpado, estava chegando ao seu limite. No dia fatídico, onde Shu sabia que não sairia ileso, o menino-rei sacrificou tudo para salvar a humanidade... e Inori. A menina de olhos avermelhados e doces, e cabelos lilás o confortou demais durante todo o tempo que passaram juntos. Ele era obrigado a aceitar aquela pena mínima. Ter a alma consumida não seria nada para pagar os imensuráveis consolos da garota, que, nos braços do rei negro, cristalizava-se com o Apocalypse Virus junto com o mesmo. Os dois morreriam juntos... ou não. Shu tentou recorrer aos poderes finais do VOiD Genome para salvar a amada, porém... ela o salvou.

Pegue.

Esse pedido não saía da cabeça de Shu. Mesmo depois de ter se passado dois anos desde o ocorrido, aquela memória era a mais vívida, junto com a primeira vez que ele obteve os Poderes do Rei e extraiu o VOiD de Inori. Depois do sacrifício, ele perdera a visão e o braço improvisado. Mesmo o substituindo-o por um mecânico, não era a mesma coisa. Contudo, o garoto não se importava com isso. De alguma forma ele sentia, por mais que com um pouco de dor, paz interior. Era só se afogar 24h nas músicas de Inori para se sentir bem.

Ano 2041. Após comemorar o segundo aniversário de morte de sua ex-amante, Menjou Hara, Shu foi até um banco em um parque cheio de enamorados e pôs-se a ouvir as músicas da rosada e mergulhar-se em sua imaginação, vendo a pequena em seus braços... sem perceber que... alguém se aproximava nas sombras...

***

Da’ath, os imortais, são muito mais do que uma simples organização secreta. Eles, na verdade, são os deuses que conhecemos hoje de diversas mitologias, e até mesmo as entidades do Cristianismo – demônios, anjos, Lúcifer e a própria trindade Divina. Após o louvor exagerado de nós, mortais, a entidades, em sua maioria, inexistentes, os Da’ath aproveitaram a oportunidade para usurpar o trono invisível dos mitos e dominar o mundo da Antiguidade. Porém os deuses imortais não eram unidos. Viviam em guerras constantes, às vezes causadas de propósito para entreter a si mesmos e entregar histórias aos povos, ou eles batalhavam seriamente, seja por motivos pessoais ou familiares. Eram guerras inúteis de qualquer modo. Elas geraram muitas destruições sobre as diversas áreas do nosso planeta, por isso os registros das primeiras eras da Humanidade são vagos. Mesmo não pertencendo a nossa terra natal, causaram uma bela bagunça por sua ganância e orgulho estúpidos. Quando se cansaram da humanidade, realizaram o primeiro apocalipse: o Dilúvio. Todavia um herói, o primeiro humano a carregar o VOiD Genome, poder concedido e criado pelo deus Ea da mitologia macedônica, salvou a si mesmo e a família ao extrair o VOiD de sua esposa, que era uma grande embarcação, e então sobreviveu milagrosamente. Hoje ele é conhecido como Noé, mas ele já teve vários nomes durante a história da Humanidade Terrestre. O primeiro deles foi Utnapishtim, o primeiro homem imortal. Após o fato, a humanidade retornou através dos milhares de casos incestuosos na família do Primeiro Rei. Com o fracasso de destruir o humanos, Ea foi castigado e transformado em uma espada, para ser sempre usado pelos humanos sem compaixão e piedade. Gilgamesh, terceiro rei de Uruk e o Segundo Rei do Vácuo, colocou o deus-espada Ea, que encontrou em uma de suas desventuras, em seu arsenal, além de se encontrar com Utnapishtim e quase obter a imortalidade. Como os Da’ath estavam em uma terrível guerra interna e Gilgamesh os estava alfinetando ainda mais, o mesmo foi condenado, e só muitos anos depois a organização mais desunida que a Grécia Antiga percebeu que ele poderia ser o progenitor do Mundo Perfeito. Quando as terras gregas tomaram forma e poder, a poderosa força do Caos, a mesma que gerou o Universo, tomou forma: a Lança Trium. Outro possuidor do VOiD Genome, Perseu, filho de Zeus com uma humana, perdeu a lendária lança ao derrotar pela segunda vez o titã Cronos, considerado traidor entre os Da’ath. Com o domínio do Império Romano e, alguns anos depois, do Cristianismo, simplesmente foi, para os Da’ath, o fim dos maiores conflitos internos e a Primeira Unificação. Todavia, como os seres humanos, imperfeitos como são, buscavam a independência intelectual e social – no caso, tornando-se individuais por completo, sem depender de ninguém – de todas as maneiras, criaram organizações milenares e até mesmo mitológicas como a Maçonaria, intelectuais de diversas crenças que auxiliavam secretamente a Igreja Católica Apostólica RomanaICAR para resumir – na Santa Inquisição até o século XVIII, além de serem a organização secreta que domina o mundo atualmente; os Illuminati, grupo de intelectuais céticos que, após a morte de seu mestre, Leonardo da Vinci e outro possuidor do Genoma, tornaram-se “cientistas dos demônios”, sendo totalmente contrariados a Igreja e, como consequência, sua marca árabe, Shaitan, o Conhecimento, tornou-se Satan, o enganador; e o Sionismo, grupo filosófico hebreu que prega um nacionalismo político e religioso exacerbado de retorno e total posse das terras de Canaã, atualmente conhecida como Palestina, mas provavelmente maculou contra a Humanidade em conjunto dos próprios Da’ath e sua máscara, a ICAR, para obter as terras de volta e, com a provável traição, era mais um grupo contra os sagrados tiranos. Os Illuminati, com seus movimentos contra a ICAR pela história despertaram o interesse dos imortais, e então, aproveitando-se dos sábios ali presentes, tornaram-se os governantes daquela fantástica organização. Através dela, os Da’ath dominaram o mundo politicamente e nas sombras, disfarçados sobre diversas empresas, corporações, países menores, o Vaticano e até mesmo na Maçonaria, que é predominante nos EUA... Não preciso dizer mais nada para convencê-los de que os Da’ath estão no controle do mundo, não é?

 

As guerras que se sucederam após o século XVIII não passam de testes dos Da’ath para aplicar de fato o Plano Mundo Perfeito e, para que isso fosse realizado, aprimorar o VOiD Genome em humanos, que sempre apresentava uma grande rejeição pelo DNA da maioria deles por serem inferiores. Porém, com as bombas de Hiroshima e Nagazaki, além das medidas antinazistas dos Aliados após a Segunda Guerra para apagar Hitler da história, a pesquisa sobre o VOiD Genome se perdeu, sendo recuperada anos depois por Ouma Kurosu...

Estar com o mundo em suas mãos era apenas o primeiro passo para o líder dos Da’ath. Sua identidade é desconhecida, e ele é conhecido apenas como Mestre. Com a ajuda do superintendente da NASA, Kontonno Kirei, pai de Kigen, a Pedra da Origem conseguiu ser retirada da Prisão Jupteriana e alcançar a garota escolhida a dedo pelo Mestre para ser a Neo Eva, Ouma Mana. Além disso, de certa maneira, Kirei aprovava a traição de sua esposa para fortalecer o VOiD de Kigen, que o próprio reconstruiu dentro do filho após seu nascimento. O tempo da destruição era próximo, pois os três apocalipses após o Dilúvio falharam: Lost Christmas em 2029, Infeccion After Lost Christmas e Second Lost Christmas em 2039 – neste último evento Shu sacrificou seu VOiD Genome e, inocentemente, a vida de Yuzuriha Inori para selar todos os VOiDs e Apocalypse Viruses do nosso planeta. Todavia, no último ato do rei negro, os Da’ath permaneceram ilesos... Para representar a união entre as entidades místicas pertencentes aos Da’ath, eles se uniram em dois seres: Yuu e Ouma Mana. Quando houve o sacrifício de Yuzuriha Inori para salvar a vida de Ouma Shu, ninguém, além de Yuu, percebeu que a garota acabou tendo sua alma sugada pela coroa de Shu e, consequentemente, Mana veio no processo... Assim sendo, metade dos Da’ath estão dentro do VOiD de Shu, além de todos os crimes do mundo, os próprios Vácuos. Isto não simboliza que, com a morte do ex-rei, toda a Humanidade pereça simultaneamente, e sim que ele foi o Messias que livrou a todos da contaminação divina.

Após o fracasso múltiplo do Plano Mundo Perfeito, Mestre iniciou o Plano B. Ele buscava vingança contra a Humanidade que rejeitara seu magnífico plano, sobretudo sobre Ouma Shu, o escolhido como Neo Adam e que, mesmo assim, recusou a oferta duas vezes. Ao invés de tentar salvar a Civilização do Mundo Sensível, – segundo a Teoria da Reminiscência de Sócrates e Platão – desta vez o Plano B tratava-se da total aniquilação do ser humano...

***

Ano 2028, um ano antes do Lost Christmas. Após a fuga de Kigen, o mesmo não sabia aonde ir. Chegou a esse impasse depois de parar de correr como louco e estar a mais de 600 m da casa da mãe. Estava desesperado. Não havia lugar para retornar. O pai morava longe, e nem estava no Japão, e sim no EUA, trabalhando. Ele não possuía amigos, pois ninguém gostava dele. O garoto era sempre visto como o resto. Sem opções o menino foi à escola. Era um dia de domingo, então estava deserta. Como nem os funcionários estavam lá devido a hora avançada, foi passear pela cidade e então, depois de adentrar no bosque além da cidade, encontrou uma casa. Correu até ela, não obstante, antes de entrar, olhou pela janela. Algo curioso estava acontecendo...

Casar? – um garoto com idade próxima a de Kigen, além de cabelos castanhos e cheios, questionou. Ele jogava o videogame portátil que Kigen sonhava em ter...

Sim – a garota de cabelos róseos respondeu tranquilamente enquanto lia um livro infantil. – Se eu me casar com alguém, você ficaria solitário, Shu?

Se casar com quem?

Com alguém! Talvez com o Tritão.

Shu parou de jogar e olhou para a garota espantado, como se ela tivesse falado algo totalmente absurdo.

O Tritão?! Você não pode fazer isso!

Ao ouvir isso, a menina, ainda sem expressão, fechou o livro e voltou-se lentamente ao garoto atordoado. Kigen ficou surpreso de não ter sido notado. Surpreendentemente a garota, que deu alguns calafrios em Kigen, riu brincalhona de Shu. O espião suspirou de alívio.

Estou brincando, Shu. Nunca me casaria com ele... – a garota respondeu finalmente, aproximando-se lentamente de Shu. Abraçou-o repentinamente e sussurrou nos ouvidos dele algumas palavras que para o garoto foram quase que sem significado, mas para Kigen eram bem claras... – Ele olha para mim com olhos adultos – pausou por alguns segundos e depois continuou com uma voz afiada e aterrorizante. – Olhos lascivos. Não acha isso nojento?

Shu estava realmente confuso. Kigen não entendia muito bem a situação, porém só naquele momento caiu a ficha que Tritão era o apelido de alguém que eles conheciam. Após pensar um pouco, Shu respondeu levemente decepcionado consigo mesmo:

Não sei...

A garota afastou-se um pouco de Shu, sentando de joelhos a sua frente e mostrando-lhe a abertura entre seus seios. Depois de se posicionar, revelou:

Mas você pode me olhar com olhos adultos, Shu.

Onee-chan? – Shu questionou sem entender.

Eu te amo, Shu.

Ele estava perplexo e suava frio. Kigen estava da mesma maneira, só que mais tenso. Eram dois fatos bizarros em um só dia? Sim, pois para a surpresa de ambos os garotos, a menina lasciva beijou Shu descaradamente. Depois de assistir a isso, Kigen correu da casa silenciosamente, adentrando mais ainda na mata. Enquanto fugia de tudo e todos, seu desespero aumentava gradativamente, consumindo a alma do jovem ferido. Após correr por horas e horas sem rumo, hora parando, hora se jogando por entre as raízes protuberantes das árvores altas e folhas secas, ele finalmente desmaiou de exaustão. Enquanto sua visão se apagava, ele amaldiçoou ao mundo, a sociedade, os colegas de escola que praticavam bullying com o tal, a mãe prostituta, o pai ausente e a garota de cabelos rosa que beijou o próprio irmão sem motivo. Todos o afundaram, e o menino queria que viessem junto com o mesmo na Queda para a Eternidade. E, antes que se desse conta, sua consciência fugiu de si.

***

Ele acordou! Ele acordou!

Aqueles eram gritos de uma garota pequena e empolgada. Foi à primeira coisa que Kigen ouviu ao acordar. Tentou se levantar e orientar-se, porém uma mulher surgiu no quarto onde ele estava e o segurou na cama. Reparou então, com a recuperação parcial dos sentidos, que estava com outras roupas, limpo, usando uma frauda e preso a soros.

Onde eu tô...? – Kingen inquiriu lentamente.

Casa dos Fujiwara – a mulher respondeu gentilmente. – Minha filha, a que saiu gritando agora, viu você quase morto enquanto pegava lenha para a fogueira, e aí voltou para casa correndo para chamar a gente. Então te salvamos e estamos cuidando de você há três dias.

— E como vocês conseguiram isso tudo...? – Kingen perguntou, referindo-se aos aparatos médicos. Até mesmo seus batimentos cardíacos estavam sendo medidos.

Ah, é que eu e meu marido somos médicos! E, para estudar, compramos alguns aparelhos básicos. Também tratamos a baixo custo algumas pessoas da vila. Mas não se preocupe em pagar. Você é convidado de honra!

Só por que sua filha me resgatou? – Kingen questionou rispidamente. O coração do garoto havia se fechado para gentilezas, como antes citado.

A mulher sorriu docemente. Kigen sentiu outro calafrio, todavia não foi pior dos que os causados pela rosada.

Nada disso. Eu sei o quanto você sofre. Ouço os seus gritos todos os dias... Somos seus vizinhos. Já pedi para intervir, porém meu marido nunca permitiu. Sempre achou que os problemas das famílias tinham que se resolver sem intervenções externas. Eu já penso o contrário, mas não posso contrariar ele. E então, está com fome?

O estômago de Kigen parecia estar se autodevorando... A expressão do garoto respondeu a médica antes dele mesmo dizer qualquer coisa.

Então vamos comer? – a mãe da menina que o salvou questionou.

Após isso, as memórias de Kigen são confusas...

***

Ano 2041. A vida de Kigen havia mudado muito. Agora ele estava morando com os avôs em Tóquio, no distrito de Roppongi. Arranjou, com muito custo, três grandes amigos: Otonashi Yuki, a representante de sua classe, Yamashita Tadashi, o mais brincalhão e um dos mais populares da turma, e Fujiwara Mayumi, a sua melhor amiga. Há cinco anos Mayumi tenta chamar a atenção de Kigen e, após passarem por muito tempo juntos e sobreviverem ao Bloqueio de Roppongi, verem Ouma Shu perder os Poderes dos Reis para Tsutsugami Gai e depois o autossacrifício do herói na Torre Administrativa de Roppongi, ficaram tão unidos que todos falavam que eles eram “namorados”. Mesmo que Kigen não fosse muito confiante e independente como Mayumi, o mesmo a protegeu várias vezes de Endlaves, tiros e outras ameaças na confusão que aconteceu em 2039. Depois do Second Lost Christmas, a situação entre eles ficou mais séria. Contudo, por causa da timidez do garoto, o relacionamento não avançava como Mayumi e os amigos desejavam. Até que a garota deu o ataque no intervalo das aulas na escola.

Kigen – Mayumi chamou delicadamente.

— O que foi, Mayumi? – Kigen perguntou inocentemente.

A garota estava corada. Era difícil para qualquer garota dar o bote.

V-v-você s-s-sairia comigo amanhã, Kigen?

O garoto levou alguns segundos para processar o pedido. Após piscar e abrir a boca estranhamente várias vezes, ele conseguiu dizer algo como:

— V-v-v-v-v-você c-c-c-c-c-comigo?

S-sim... – ela respondeu após enrubescer ainda mais e hesitar por um instante.

Kigen estava boquiaberto. Uma garota nunca o chamaria para sair. Nunca. E, naquele exato momento, a garota mais descolada da escola, invejada pelas garotas e cobiçada pelos garotos, havia escolhido o simples, inútil, ****** e pequeno Kontonno Kigen, que, apesar do nome aterrorizante, não passava de um gatinho assustado, para sair e, quem sabe, namorar. Mesmo que eles fossem íntimos por anos, simplesmente sair da FRIEND ZONE por iniciativa da garota era praticamente impossível, mas... um milagre ocorria na vida daquele garoto! A emoção e empolgação do garoto eram sem fins. Após um turbilhão de pensamentos e confusão mental, ele fez a única coisa que lhe foi possível: abraçá-la. Porém não foi um simples gesto de cumprimento, e sim um afago apertado e, se é permitido dizer, até sensual e erótico. Com lágrimas brotando nos olhos, porém escondidas pelos ombros de Mayumi, Kigen disse apenas uma palavra:

— Obrigado.

A turma deu vivas e assoviou, apoiando o casal e zombando, como em toda escola. Contudo a professora logo chegou e cada um foi para seus devidos lugares. A aula prosseguiu tranquilamente, e ambos estavam ansiosos pelo encontro há muito tempo esperado pelos dois, de certa forma.

***

Após acertarem os detalhes do encontro e ter se passado um dia, lá estavam eles, totalmente nervosos e trêmulos, caminhando de mãos dadas pela praça, sem encarar um ao outro. Kigen ouvia os batimentos de Mayumi, ficando mais e mais vermelho e excitado a cada segundo, e perguntava-se se ela também ouvia os dele. Enquanto andavam, a cabeça do garoto parecia estar sendo frita pelo Sol e pelo nervosismo. O tímido não conseguia raciocinar. A pressão que sentia era muito mais do que podia suportar. Ele estava quase surtando quando a garota soltou sua mão, parou na frente dele e o encarou com a boca a centímetros da sua. O menino, levemente assustado, recuou em um pulo.

— Não me assuste assim! – o garoto gritou envergonhado.

Mayumi riu dele, como se brincar com ele daquele jeito fosse muito divertido.

— Qual é a graça?! – ele inquiriu, franzindo o cenho.

A menina secou uma lágrima e depois que se recuperou das risadas, pediu:

Calma, calma. Só queria te deixar mais tranquilo...

— Não tá conseguindo... – Kigen respondeu emburrado.

Ela riu baixinho e em seguida, após dar uma volta, inquiriu ao garoto tenso:

Mudando de assunto... Eu estou bonita?

O vestido que ela usava era fenomenal. Branco com bordados e babados nas pontas, estilo moderno combinado com retro. A costura era cirúrgica, parecendo ter sido feito sob medida. E o decote... Kigen preferia não olhar, porque se o fizesse, esqueceria de tudo em volta. Enfim, após recuperar-se da brincadeira e da beleza estonteante que só naquele momento ele parou para reparar, o menino respondeu com um sorriso sincero:

— Não.

Mayumi parecia chocada. Aterrorizada. Desesperada. Agoniada. Estar morrendo. Porém segundos depois Kigen riu.

Pare de brincar assim comigo! – e inchou as bochechas, que naquela hora estavam rosadas e fofas.

Kigen sentiu as maçãs do rosto queimarem junto.

— Na verdade sua reação era engraçada. Eu não fiz isso por mal, ao contrário de você. Mas enfim—

Então isso foi vingança?! – ela o interrompeu eufórica.

— Já disse que não – o garoto permanecia calmo. – Enfim, eu não acho que você está bonita. Você é bonita, até demais para um cara como eu, e com essa roupa então... está fantástica!

Mayumi retesou o cenho e, depois de encarar seriamente Kigen por alguns segundos que apavoraram o mesmo, ela anunciou:

Não diga isso.

— O quê?

Que eu sou “demais” para você. Você é a pessoa mais especial para mim. Eu não te trocaria por nada. Por isso... pare de dizer besteiras, ok?

— Mas...! – Kigen tentou protestar, mas Mayumi o interrompeu com um beijo na boca.

O garoto ficou impressionado, constrangido e empolgado, porém, no momento que entraria no embalo, lembrou-se do dia do incesto. Não se lembrava do nome dos garotos, mas... aquilo o apavorara. Aquilo o marcara por toda a vida. Dois fatos bizarros em um dia. E depois... depois...aquele inferno... Tudo aquilo voltou à mente de Kigen subitamente e, mesmo que as memórias sejam confusas, elas o afogaram em uma frenesi de angústia e depressão. Ele empurrou bruscamente a garota, gritando algo como “monstro, monstro!” e em seguida correu até o pé de uma árvore e, sentado abaixo dela, apertou o crânio contra as pernas dobradas em frente ao corpo e pôs-se a chorar e sussurrar:

Isso não é real, isso não é real, isso não é real, isso não é real...

Mayumi estava assustada com aquela reação. Como assim “monstro”? O que ela fizera de errado? Confusa, ela tentou se aproximar, mesmo que a passos trôpegos. Ao mesmo tempo pessoas alheias, mas que estavam próximas, começaram a observar o casal confuso e, aos poucos, formava-se uma multidão em volta dos dois.

C-caiam fora! – Mayumi gaguejou enfurecida e levemente constrangida.

Ela correu em direção a ele, e, depois de cutucar a cabeça dele por algum tempo, levantou-o por um braço. O garoto, que foi puxado, nem reagiu ao estímulo, parecendo um boneco sem vida. Sussurrava coisas inaudíveis, tinha os olhos fora de foco e tremia como se tivesse com 42° C de febre. A menina franziu o cenho, ajeitou a cabeça dele com as duas mãos em uma boa posição e deu dois tapas fortíssimos nas bochechas lisas do paupérrimo. Segurou-o em um abraço para não deixá-lo cair no chão.

Sai dessa! – a garota gritou.Se recupera! Eu... não sou um monstro. Desculpa se te fiz lembrar alguma coisa ruim, mas a culpa não é minha. Me perdoa e vamos continuar o encontro... – essa última frase a bela foi ligeiramente manhosa. Charme feminino, vá entender.

Demorou algum tempo para Kigen recuperar os sentidos, porém ao tê-los novamente, olhou os olhos verdes e eletrizantes da donzela e, com um peso no coração, pediu:

— Me perdoe. Eu... sou esquisito mesmo. É por isso que eu disse aquilo antes.

Já disse para desistir de dizer essas coisas deprimentes.

— Então... – ele hesitou, como se o que o mesmo fosse sugerir depois uma péssima ideia. – Vamos continuar o encontro. Eu prometo que não vou dar mais “trecos”.

Mayumi sorriu alegremente e, após gritar um “sim”, beijou-o, penetrando sua língua dentro da boca do mancebo. Ao cruzarem as salivas e línguas, ouviram palmas da multidão que os cercavam. Kigen não os havia notado antes, e Mayumi esquecera-se deles. Após o beijo longo e, finalmente, prazeroso para ambos, a garota-macho espantou todos de perto deles. Depois pegou na mão do namorado e seguiu caminhando em volta do lago gigante do parque...

***

O casal estava mais tranquilo, conversando sobre vários assuntos, e, após andar por algum tempo, viram um garoto de cabelos castanhos e olhos foscos e sem vida, ouvindo uma música com uma expressão terna no rosto. Tinha uma mecha loura, quase branca, cruzando metade da cabeleira, distinguindo-o de muitos garotos de sua idade. Além disso, seu braço direito era mecânico e ele carregava uma muleta para cegos. Kigen ficou confuso, pois além de achar que o cara não devia estar tão feliz sobre tais condições, ainda por cima o mesmo era muito... familiar... Ao vê-lo, sentiu certo desespero no peito. Um passado terrível queria voltar só ao fitá-lo por milésimos de segundo. Começou a tremer novamente.

Eu não vou ter um treco, eu não vou ter um treco... – Kigen começou a sussurrar para si mesmo.

Você já está tendo – Mayumi corrigiu.

E, para piorar tudo, um garoto louro saiu das sombras das árvores e, com um movimento ligeiro, penetrou o coração do garoto que calmamente observava o lago enquanto ouvia música. Porém sangue não saiu da penetração. Um brilho azul e com fios dourados surgiu do peito do menino, que começou a urrar de dor e pânico.

— Você é... Yuu dos Da’ath? – a vítima supôs.

— Fico feliz que tenha se lembrado de mim... – Yuu revelou. – Ouma Shu, desculpe a intromissão, mas... terei que levar o seu VOiD...

O sorriso cínico de Yuu enquanto retirava algo do corpo de Shu fez Kigen estremecer. Shu tentou debilmente impedir o estranho sujeito, contudo apenas conseguiu perder novamente o membro direito. Sem piedade Yuu lançou uma linha de VOiD Genome e arrancou do ombro direito para baixo de Shu. Agora havia perdido o braço inteiro e deslocado a clavícula, que também se separou junto com o ombro. Sangue jorrou alto, e os gritos do garoto foram ainda mais agoniados que antes. Isso deu brecha para o inimigo arrancar um objeto de dentro do aleijado e erguê-lo para o alto em triunfo. Ao fazer isso, o casal viu uma pedra de cristais se partindo e emanando um brilho dourado e púrpuro, que acabou criando um feixe de luz dourado de 20 km para o céu, furando até mesmo as nuvens. A pedra materializou-se em uma coroa de ouro reluzente e oca, com espinhos em seus picos e alguns internamente, o que supostamente feriria o crânio de quem a usasse. Era uma coroa de espinhos, como a bíblica que Jesus usou no dia do sacrifício, só que completamente de ouro. Yuu sorria como louco, alegre com a conquista.

The Everlasting Guilty Crown... finalmente os Da’ath terão seu mundo perfeito... – começou a rir baixinho.

Após contentar-se de exibir o objeto e apavorar uma meia dúzia, ele esticou os braços e girou em 360°. Ao fazer isso, as pessoas que assistiam ao evento desmaiaram, exceto Mayumi e Kigen. O garoto mágico ficou boquiaberto por alguns segundos como uma criança, porém algum tempo depois o tal sorriu divertido.

— Kontonno Kigen.

Kigen arregalou os olhos.

— Como sabe o meu nome?!

O menino suava frio. O que era aquele louro?!

Simplesmente o Conhecimento e a Realidade que estão no Campo das Ideias é facilmente acessível para mim. Mas... sua alma é confusa... Preciso ver... o seu VOiD...

Ele não tem isso – Mayumi cortou, posicionando-se a frente de Kigen com um braço e metade do corpo. – Afaste-se desse garoto da coroa e de nós.

Uhh, assustador... – Yuu zombou com uma voz incrivelmente neutra. Ele sempre falava assim, meio brincalhão, porém neutro. – Fuijwara Mayumi, a princesa do feudo de Kantou.

Cala a boca – Mayumi ordenou sem pestanejar. Seu semblante era terrivelmente macabro e retesado em ira.

Yuu teve um ataque de risos. Depois de rir bastante, parou repentinamente e encarou Kigen seriamente.

Desculpa não te dar atenção, Kigen. Meu interesse na verdade era em você...

— Hã? – Kigen soltou sem entender.

Yuu não respondeu. O sorriso em sua pequena face era de orelha a orelha, o que fez Kigen estremecer. O louro virou a coroa, tendo seus picos virados para o garoto, o mesmo realizou o mesmo processo de extração de VOiDs na coroa, retirando raios que se materializaram em uma tesoura de jardim turbinada para combate rósea e branca.

Um pouco de estímulo é sempre bom – Yuu revelou.

Antes que Kigen ou Mayumi pudessem fazer coisa, até mesmo fugir, perceberam que seus pés estavam atados ao chão por cabos de energia similares aos que cortaram o braço de Shu e desmaiaram as pessoas próximas, além de o pequeno sinistro saltar em uma velocidade incrível e transpassar a barreira física de Mayumi em milésimos, ameaçando assassinar Kigen com a tesoura no pescoço dele. Mayumi andou um passo para frente e se virou. A prisão não a imobilizou totalmente.

Solte-o. Agora.

Então me prometa que sairá daqui sem olhar para trás – Yuu barganhou.

Você acha que eu seria tão ******?

Mais ****** seria se recusar isso. Ele morrerá.

Mentira. Você o quer para alguma coisa. Kigen realmente tem...

Sim. Talvez seja o objeto perdido... A Arma da Criação.

Yuu ajeitou Kigen e começou a penetrar o coração de Kigen com a mão direita enquanto segurava a coroa com a esquerda. O menino começou a agonizar. Todos os medos, traumas e receios dele vieram à tona. Porém nenhum objeto saía do mesmo, apenas algumas faíscas e raios que riscavam o chão e cercavam os dois.

Kigen! – Mayumi chamou preocupada. – Eu... não posso... não posso... – lágrimas começaram a escorrer dos olhos foscos. – NÃO POSSO PERMITIR!

Vencendo a barreira do Genoma, a garota começou a correr inutilmente na direção do amado. Yuu nem reagiu por mais que soubesse dos movimentos da garota. Ao se aproximar, ela foi repelida metros de distância e queimou os braços ao se proteger do raio, além de ter a ponta dos cabelos e pelos de todo o corpo chamuscados. Resmungou algo sem sentido ainda no chão e, chateada com a sua falta de poder, pôs-se a levantar lentamente e a observar a situação. Pessoas desmaiadas. Ninguém próximo. Shu era o mais inútil no momento, mas... mesmo que antes parecesse cego, seus olhos estavam na direção de Mayumi, Yuu e Kigen, e incrivelmente desanimados e prepotentes. Mayumi suspirou. Não havia nada que ela pudesse fazer. Nada.

Ea... Foi inútil. Eu não posso lhe evocar aqui e... – Mayumi sussurrou para si mesma. Yuu levantou uma sobrancelha ao ouvir. – Eu sou inútil! Eu...

Você deseja poder, Mayumi-san?

Mayumi recuou um passo, assustada. Shu arregalou os olhos e soltou:

— Essa voz... Não é possível...

Sim, Shu, eu estou sempre com você. Estamos e estaremos sempre juntos. Você me fez completa naquele dia.

Mas o quê...? – Mayumi disse sem entender.

Com quem vocês estão conversando?! – Yuu questionou.

Mayumi riu baixinho.

Tente adivinhar. Ah, e eu aceito. Eu preciso salvar a todos.

Ouviu-se um suspiro pesaroso. A coroa começou a brilhar em um brilho púrpuro e, após alguns segundos, a mão de Yuu desintegrou-se.

O quê?! – ele estava apavorado.

Ao invés de cair por algum tempo e retornar a Shu, a Guilty Crown voou até Mayumi, que a pegou com as mãos, e automaticamente seus olhos esmeraldas tornaram-se em ametista e, para Mayumi, o mundo tornou-se um véu negro e pesado. Aos poucos sua visão ia se acostumando, podendo enxergar os sete bilhões de VOiDs presentes no chão do Vácuo. Mayumi sentiu algo quente atrás de si, então virou para ver o que era. Dois frascos, um azul e outro vermelho. E, atrás dos dois, uma garota de cabelos lilás, lábios delicados e finos da mesma cor e vestes misturadas em uma combinação de um vestido preto, branco e púrpuro com pedaços de farrapos negros, um cachecol pela metade e um traje branco com pedras rosas, estava presa em cristais roxos e, ao pé das pedras, havia um miosótis reluzente. Seu brilho azul-céu gradativamente aumentava, quase cegando Mayumi. Repentinamente o brilho cessou, e então ouviu-se um barulho surdo, todavia impressionante.

 

Uma batida de um coração.

 

Após o impulso de vida, a garota caçava por fôlego. Parecia estar em um coma há anos tão sério que nem respirava, ou... talvez até fosse uma ressurreição. Ao recuperar-se, visualizou Mayumi e arregalou os olhos por dois segundos, retesando a expressão em seguida. Os olhos rubis da menina irradiavam um poder inocente, mas letal. Lentamente os lábios da mesma se abriram e, com uma voz rouca, contudo suave como seda, revelou:

A escolha está em suas mãos.

Mayumi encarou a menina presa com dúvida, se perguntando como ela se metera ali. Hesitou antes de questionar:

Onde eu tô?

Aqui é o interior do VOiD do Shu, The Everlasting Guilty Crown... – a rosada respondeu quase que com um suspiro.

Como eu vim parar aqui?

Eu te chamei. Você teve contato com Ea, não é?

Sim... Mas o que isso tem haver?

Com o conhecimento de vocês dois, podemos derrotar os Da’ath de vez. Mas... carregar o Poder do Rei é um fardo muito alto. Shu já o carregou duas vezes e, mesmo que não o tenha mais, ainda sofre por causa dele e seu VOiD. Mas um sacrifício final é necessário. E Shu... já sofreu demais. Talvez ele não seja mais capaz de lutar...

Mayumi pensou por cinco segundos.

Era você que falou comigo e com o Shu naquela hora?

Sim. Só vocês dois ouviram.

Mayumi pensou mais. Encarou de relance os cristais, os VOiDs e os frascos. Parou os olhos no miosótis. Parecia que a flor queria lhe dizer algo.

Inori-san, me dê o poder – decidiu depois de refletir um pouco sobre a escultura reluzente e minúscula.

Tem certeza? – Inori questionou debilmente. – A responsabilidade é muito alta. Além disso, é um poder que a isolará de tudo e de todos. Você terminará sua jornada sozinha.

Isso não interessa. Eu... tenho uma pessoa que me fará completa. Ele nunca me abandonará, e eu também nunca o abandonarei. Não temos tempo!

Então quebre um dos frascos.

Há diferença?

Sim. Um lhe dará mais força física, e o outro, mais habilidades místicas. Qual você escolhe?

 

---βιοζ BEGIN!---

 

Mayumi, sem motivo aparente, olhou novamente para o miosótis e, após alguns segundos, correu com dificuldade até o frasco azul, quebrando-o com uma mão.

 

Yeeeehh...

[...]

 

No plano físico, o corpo de Mayumi começou a emanar faixas prateadas iguais as que Yuu usara para desmaiar as pessoas e prender Kigen e a garota em prisões mágicas.

 

Die Ruinenstadt ist immer noch schon...

(A cidade arruinada continua bonita...)

 

Dentro do VOiD de Shu, Mayumi viu de relance um homem com vestes douradas e vermelhas, que logo desapareceu.

 

Ich warte lange Zeit auf deine Ruckkehr.

(Eu tenho esperado um bom tempo pelo seu retorno.)

 

Quem era...? – Inori tentou perguntar.

 

In der Hand ein Vergissmeinnicht...

(Em minha mão há um miosótis...)

 

Não temos tempo – Mayumi respondeu abruptamente. – Depois eu descubro. Bem, eu tenho a mesma habilidade que o Shu tinha e agora esse tal de Yuu, certo?

 

We might be just like a bird in the cage.

(Nós devemos ser como pássaros em uma gaiola.)

How could I reach to your heart?

(Como eu poderia alcançar o seu coração?)

 

— Hai... Saa, onegai... Tsukate!*

 

I need you to be stronger than anyone.

(Eu preciso que você seja mais forte que qualquer um.)

I release my soul, so you feel my song.

(Eu libertarei minha alma, então ouça minha canção.)

 

Uma esfera de luz azul igual à de Shu e Kigen surgiu entre os seios semi-expostos de Inori e, lentamente e ligeiramente temerosa, a garota invadiu o coração da prisioneira frágil, que gemeu suavemente no início.

Regentropfen sind meine tranem...

(As gotas de chuva são minhas lágrimas...)

 

No plano físico, Mayumi fechou os olhos e imitou o movimento de Yuu, retirando um cristal em forma de pilar devagar. Shu recuou engatinhando rapidamente, assustado e acabou gritando:

—Inori?! Como você está nos... braços... dela...?

 

Wind ist mein Aten und mein Erzahlung...

(O vento é meu fôlego e minha história...)

 

O espectro de Inori sorriu gentilmente pela primeira vez para Shu, e logo se desmanchou. Mayumi havia retirado metade da coluna de cristal nesse momento...

 

Zweige und Blatter sind meine Hande,

(Galhos e folhas são as minhas mãos,)

 

Mayumi retirou tudo, erguendo o objeto para o alto. O Poder do Rei chegou ao ápice do despertar, jorrando em um feixe de luz azul gigantesco, furando céus e terra e destruindo um pouco da vegetação e construção do parque, mas estranhamente sem ferir as pessoas. A pedra foi recoberta por feixes de energia prateados e azuis, quebrando sua superfície e revelando uma espada gigantesca.

 

Denn mein Korper ist in Wurzeln gehullt.

(porque meu corpo está envolvido em raízes de plantas.)

 

A luz do despertar da Primeira Rainha reverberou por todos os continentes. A coroa de Shu começou a flutuar em cima da cabeça dela.

 

Wenn die Jahreszeit des Tauens kommt,

(Quando as eventuais tribulações chegam,)

werde ich wach und singe ein Lied.

(despertarei e cantarei minha canção.)

 

Mayumi abriu os olhos lentamente. O brilho púrpuro quase vaporizou Yuu.

— Solte o meu namorado. Agora.

 

Das Vergissmeinnicht, das dum ir gegeben

(O miosótis que você me deu)

hast, ist hier

(está bem aqui.)

 

---MUSIC FADE OUT---

 

Yuu estava boquiaberto como antes, porém desta vez ele demorou um tempo maior para se recuperar.

Você... obteve o VOiD Genome? Como isso é possível...? Você deveria rejeitá-lo, como todo ser humano normal.

Explique então o Shu.

Não vou me dar o trabalho.

Então chega de papo. – Mayumi cortou, descendo a espada em diagonal.

Ao fazer isso, cortou tudo ao meio que estava ao seu lado direito em um raio de três quilômetros. Com a franja do cabelo criando uma sombra sob seus olhos púrpuros, apenas um brilho ametista suave era possível de ser visto enquanto ela se aproximava velozmente de Yuu. Usando seus Poderes, saltou longamente e tentou partir Yuu no meio. Ele sorriu zombeteiro, retirando a mão do Vácuo de Kigen e encarando os olhos faiscantes da garota.

Sangue subiu de todos os lados do corpo de Mayumi, que caiu no chão bestamente sem conseguir cortar nada. O VOiD de Inori rolou por alguns metros e voltou para a Guilty Crown. Seu corpo foi dilacerado sem que a mesma percebesse por aqueles feixes de Genoma. Uma ponta que estava para fora do peito de Kigen, semelhante a uma broca, soltava raios e faíscas a sua volta.

Desculpa, mas não posso facilitar para você... – Yuu revelou seriamente.

Quando você...? – cuspiu sangue. – Seu filho da ****! – a Rainha ferida exclamou, confusa, atônita e furiosa.

Preciso responder? – Yuu zombou. – Bem, preciso levar a coroa e o seu namorado...

Antes que ela pudesse protestar, os dois sumiram de sua visão. Porém... a coroa ficou, voltando para o interior de Shu.

Eu... irei te ajudar! – Shu revelou. – Ué! Cadê a... droga, parece que... isso só aconteceu porque ele tirou... Bem, já vou ligar para a emergência!

Mayumi não conseguiu responder. Pouco a pouco, a visão e consciência da Primeira Rainha do Genoma despediam-se dela.

“Merda”, esse foi o único pensamento que veio a mente dela antes de ver a verdadeira escuridão.

 

VOCÁBULO:

 

*tradução: Sim... Agora, por favor... me use!

 

Bem, se quiserem mais capítulos, é só me enviar uma mensagem que eu envio a fanfic (troll u.u Eu ainda não postei, por isso tá sem link kkk)

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