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Lançamento de novo 'Pokémon' é manchado por bugs, mas bate recorde


CyberLady
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Mesmo com graves problemas técnicos, game vende mais de 10 milhões de cópias em 3 dias

São Paulo

"Pokémon Scarlet" e "Pokémon Violet", representantes da nona geração da maior franquia de jogos de RPG da Nintendo, eram cercados de grande expectativa. Tanto fãs quanto a mídia especializada aguardavam ansiosamente para saber como a Game Freak, desenvolvedora da série, iria adaptar a série para um ambiente de mundo aberto. O resultado, porém, deixou muita gente decepcionada.

 

O game lançado no último dia 18 apresentou uma série de problemas técnicos, como quedas bruscas de taxa de quadros, texturas mal feitas e em baixa resolução e bugs de todo tipo –o usuário David Toons fez uma ótima compilação no Twitter com alguns exemplos–, que acabaram eclipsando muitas das qualidades do novo título.

"Não faltam boas ideias, mas elas são manchadas por uma execução pobre, deixando uma das franquias mais lucrativas do mundo do entretenimento parecer chocantemente desleixada", afirma o jornalista Tom Regan, que deu 3 de 5 estrelas em sua crítica do game no jornal britânico The Guardian.

 

"A Game Freak fez um trabalho verdadeiramente louvável traduzindo o que sempre fez a série tão divertida para uma gama mais ampla de estilos de jogo, mas o game não passou ileso nessa transição. Problemas técnicos persistentes e de ritmo fazem essa geração parecer mais um pequeno passo em direção a uma experiência Pokémon em mundo aberto do que um salto confiante para o futuro", resumem Jhaan Elker and Alyse Stanley em sua crítica no Launcher, canal de games do jornal americano The Washington Post.

 

Essas não são opiniões isoladas. Segundo o agregador de críticas Metacritic, "Pokémon Scarlet" e "Pokémon Violet" tinham nota média 75 até a última sexta-feira (25). Ela deixa os jogos como os piores da série principal de games da franquia (excluindo remakes e spin-offs) –posto que era de "Pokémon Emerald", lançado em 2005 para Game Boy Advance e que teve média 76.

 

Apesar de alguns críticos culparem a obsolescência do Switch (lançado há mais de cinco anos) pela má performance do game, o site Digital Foundry, especializado em análises técnicas, descarta essa hipótese.

 

Em seu diagnóstico sobre o desempenho do título (abaixo, em inglês), o site aponta que jogos como "The Legend of Zelda: Breath of the Wild’ e "Xenoblade Chronicles 3" conseguem extrair um desempenho muito melhor do console com mundos abertos ainda mais complexos do que o do último Pokémon, que tem resultado pior até do que "Pokémon Legends: Arceus", spin-off lançado no início do ano pela Game Freak.

 
No entanto, mesmo com todos os problemas técnicos e de acabamento, "Pokémon Scarlet" e "Pokémon Violet" já são um estrondoso sucesso comercial. Na última quinta (26), a Nintendo –que até o momento não se pronunciou sobre os problemas do título– anunciou que foram vendidas 10 milhões de cópias do game em apenas três dias, tornando-o o jogo mais rápido a atingir a marca em um console da empresa. Como comparação, a Sony comemorou um dia antes que foram vendidas 5 milhões de cópias de "God of War Ragnarök" na primeira semana após seu lançamento.
 

É provável que boa parte dos fãs tenham comprado "Pokémon" na pré-venda, antes da publicação das primeiras críticas atestando o estado lastimável em que o jogo se encontra --e os pedidos de reembolso publicados por consumidores insatisfeitos nas redes sociais mostram isso. Ainda assim, muitos jogadores parecem estar felizes com o produto que receberam e veem os problemas técnicos como obstáculos transponíveis e até temporários, já que podem ser mitigados em futuras atualizações.

"A Game Freak tenta ser econômica e realista com o que ela faz. Ela adota uma postura no desenvolvimento de ‘Pokémon’ quase iterativa, tentando coisas em um jogo antes de expandi-las no próximo. Isso significa que os jogos não parecem tão bons quanto poderiam, ou não vão tão longe em termos de inovação, mas ainda assim conseguem uma cadência regular de um lançamento a cada três anos", explica o jornalista Christopher Dring em artigo no site GamesIndustry.biz.

 

"No entanto, há um problema. Três anos não é nem de perto tempo suficiente para construir um jogo de aventura de primeira linha. Nos anos do Game Boy e do Nintendo DS, 'Pokémon' era visto como uma série de lançamentos marcantes, tanto comercialmente quanto para a crítica. Mas, no Switch, as expectativas são mais altas", afirma.

 

"Pokémon Scarlet" e "Pokémon Violet" podem até ser um sucesso comercial, mas são também uma bola fora da Game Freak. A The Pokémon Company mostrou ao longo dos anos que tem inquestionável competência para gerir essa franquia, mas a empresa precisa ficar alerta. A história ensina que, nos videogames, passar anos visando o lucro e abrindo mão da qualidade pode ser um caminho maldito, do qual é difícil se recuperar no futuro. "Sonic" está aí para provar.

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