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Dom Astrogildo
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Uma resposta aos devaneios de KAIRS

- ou -

O livre-mercado deu certo SIM!

O capitalismo não deu muito certo

Essa frase me é estranha, ela é imperativa; primeiramente, gostaria de reforçar que: tenho uma visão um pouco mais complexa (e bem estruturada) do que vem a ser o livre-mercado. A palavra "capitalismo" é uma palavra tosca que provoca uma grande nulidade e faz com que se omita características em detrimento de outras.

 

Eu posso, por exemplo, argumentar que o país mais capitalista do mundo é Hong Kong e que os EUA não representam o capitalismo e você, ao mesmo tempo, pode argumentar que Cuba é país que vive com uma "burguesia estatal" ou num "capitalismo de estado"; então, para não complicar: usaremos termos como livre-mercado e planejamento central.

 

Se você entende a palavra "capitalismo" como: um sistema voltado ao acúmulo de capital, então, deve esquecer tal conceito. Por quê? Por isto:

  1. Acúmulo de capital pode existir sem a existência de um livre-mercado;
  2. A maior parte de nós, libertários, liberais, liberais-conservadores, conservadores e libertários-conservadores, compreende a palavra capitalismo por livre mercado e socialismo por planejamento central;
  3. Enquanto isto, esquerdistas dos mais variados gêneros, compreendem a palavra meramente como uma forma de "tudo isto que está aí", relação corporativista (estado e empresas), imperialismo e, dentre outras, barbárie;
  4. Tal entendimento dificulta nossa argumentação: nós compreendemos o capitalismo como livre-mercado e, para vocês, capitalismo é simplesmente um sistema em que haja lucro ou em que o lucro determine as relações econômicas e políticas. Nós, pelo contrário, acreditamos em liberdade econômica, proteção a propriedade privada, transparência na gestão pública, gastos equilibrados - excetuando-se anarco-capitalistas que defendem somente as duas primeiras condições.
  5. Sem tal entendimento é dificultoso e contraditório seguir meu argumento.

Adotado no mundo inteiro e 800 milhões de pessoas sofrem com a fome nesse mesmo mundo. Isso não é dar certo pra mim =/

O livre-mercado, em sua gestão descentralizada, permitiu que as pessoas produzissem em massa bens e serviços; com o acúmulo de capital foram-se investidos em vários setores produtivos (ex: meios de transporte), a busca pelo lucro fez com que as pessoas, de forma totalmente aleatória e desconexa, buscassem meios de satisfazer as necessidades (demanda) da sociedade - novos meios de gestão e novas tecnologias foram empregadas com tal finalidade -, o homem médio viu seu padrão de vida saltar diante de seus olhos (teve acesso a bens e serviços que, anteriormente, não teria naturalmente).

 

A economia de mercado, sobretudo, livre-mercado (nem toda economia de mercado é livre, aliás, há níveis diferentes de liberdade econômica): emerge naturalmente; nós, como humanos, respondemos a incentivos. Queremos "produzir valor" para lucrarmos, isto é, queremos fornecer um bem (ex: carro) ou um serviço (ex: limpeza de carro) e como recompensa lucramos - se você for um mal empreendedor você terá menos lucros, o lucro é uma recompensa pelo produto que é produzido.

 

A argumentação de que o "capitalismo" deixou "800 milhões de pessoas" morrerem de fome é papo furado.

Foi justamente o livre-mercado que possibilitou um crescimento populacional tão gigantesco como de hoje. O livre-mercado fez com que pessoas se sentissem motivadas a produzir bens alimentícios, graças a ele, diferentes pessoas das mais variadas classes sociais investiram tempo e correram riscos para achar meios de satisfazer a demanda por comida.

 

Uma das mais criticadas foram os transgênicos, mas, como convém lembrar, os alimentos transgênicos fizeram com que a produtividade (produção) aumentasse e assim conseguiu pôr comida na mesa do mais pobre; foi o aumento da produção (ou seja: aumento da produtividade) que levou a uma fome menor no mundo. Uma questão simples: com o aumento da oferta de alimentos a demanda se viu menor (lei da procura e da oferta), logo, os preços caíram.

infelizmente, Cuba tem um dos melhores sistemas de saúde do mundo, recebendo inclusive intercambistas americanos. Infelizmente, erradicaram as mortes por HIV. Infelizmente.

Cuba era melhor antes do modelo econômico de planejamento central ser implantado, uma minuciosa análise pôde comprovar esse fato. Aqui te darei artigos muito bem feitos que explicam tal fato:

http://mercadopopular.org/2016/03/a-qualidade-do-sistema-de-saude-socializado-cubano-e-um-fato-ou-um-mito/

http://mercadopopular.org/2014/12/economiacubana/

http://mercadopopular.org/2015/06/havana-a-cidade-da-escassez-um-relato-ilustrado-apos-4-dias-de-bicicleta-por-cuba/

http://mercadopopular.org/2015/01/por-que-cuba-e-pobre/

 

Agora, o mais gritante artigo, é esse:

http://www.institutoliberal.org.br/blog/cuba-antes-e-depois-de-1959/

 

Outras sociedades diferentes da Europa ocidental viviam em outras formas de organização antes de o imperialismo impor seu modelo a elas.

Eu acredito em livre-mercado e, para ser livre, digamos assim, ele não pode sair matando todo mundo, pois, assim, não seria livre-mercado e sim barbárie. Logo seu argumento se autorrefutou. (Lembre-se das condições específicas com quais eu argumentei anteriormente.)

 

Pode ser que os trabalhadores se revoltem algumas décadas contra o funcionamento do sistema caso a desigualdade aumente e coloquem esse modelo de lado.

Estou esperando. Cadê a dita revolução? Nem as condições especificadas categoricamente de Marx para que ela ocorresse chegou a acontecer; para Marx, a burguesia se veria cada vez mais reduzida e o proletariado cada vez mais miserável, a classe média deixaria de existir (ou ficaria em semi existência), mas, tal argumento, foi refutado pela história: cada vez mais se viu um aumento da qualidade de vida e maior descentralização do mercado (inclusive, dos meios de produção), o proletariado não ficou "consideravelmente miserável", ele ficou é imensamente melhor.

 

A intensa poluição gerada para garantir a produção excessiva de recursos está gerando diversos problemas ecológicos, matando diversos animais e outros organismos no planeta.

Devastação da Floresta Amazônica, sendo 60 porcento para plantação de soja para alimentar bois, porcos e frangos que passam confinados durante toda a pouca vida e no fim são mortos para abastecer um mercado consumidor voraz.

Exploração e extinção de diversas espécies marítimas para venda

 

A Floresta Amazônica INEXISTIRIA sem a descoberta de meios de fabricação de alimentos transgênicos - menor produtividade na processo de produção de alimentos levaria a uma maior ocupação territorial de campos, levando-se, então, a uma maior concentração rural por parte da economia. O livre-mercado, cada vez mais, encontra meios cada vez mais superiores para superar à escassez que nos é tão cruel; quer um exemplo disto?

 

http://engenhariae.com.br/meio-ambiente/fazenda-vertical-usara-95-menos-agua/

 

Estamos, pelo contrário, indo para uma mais eficiente alocação de recursos: gastamos menos, produzimos produtos de maior qualidade, e, de quebra, poupamos o meio ambiente com nossas fabulosas descobertas - fazenda vertical é só o começo <3!

 

O mesmo ficaria impossível sem um sistema de preços:

É o sistema de preços que guia a atividade econômica - e aqui, meu amigo, vai um repost de uma mensagem que você FUGIU COVARDEMENTE:

 

A culpa de haver fome na Venezuela e dos animais passarem fome é sim culpa do socialismo.

 

http://mercadopopular.org/2016/07/eua-petroleo-guerras/

 

Agora sobre o socialismo estar levando à fome para nossa Venezuela Querida.

Se é muito comum haver fome em países com regimes socialistas: a priori porque o estado impossibilidade o cálculo econômico ao criar um controle de preços, cria encargos trabalhistas que tornam inviável contratar pessoas de menor experiência e uma regulamentação que escasseia a competição devido ao aumento dos custos de produção de determinados setores. Eu, num regime de livre mercado, sei exatamente onde investir por causa que o sistema de preços é consistente; suponhamos que o feijão esteja R$20,00, esse preço é um absurdo para o povo e a demanda é alta, sei que o povo compra feijão mais ou menos a rodo, então, o que farei? Se o lucro da venda de feijão é alto, claramente, muitas pessoas irão começar - mesmo não se importando com seus compatriotas - a investir na produção ou importação do mesmo pelo menor preço.

 

Como empresário posso investir no processo de produção de feijão para torná-lo mais barato, como comerciante posso importar feijão da Argentina - suponhamos que lá seja mais barato do que qualquer outro território vizinho -, como agricultor posso estudar diferentes maneiras para produzir o feijão. Por que o empresário, o investidor, o agricultor, o comerciante irão procurar alternativas para satisfazerem as demandas de feijão? Ora, porquê eles querem lucrar! A ação egoísta dele resultará na maior oferta do produto [o feijão] e, depois, quando essa demanda estiver satisfeita a busca pelo acúmulo de capital procurará outros setores para investir: outros alimentos, tecnologia, serviços, industrias.

 

Mas e num regime socialista?

Na Venezuela o preço é fixado abaixo do preço de mercado, logo, haverá escassez pois a demanda além de estar maior devido a importação ser barrada, o preço obrigatório é inviável para auferir lucro - as pessoas serão incentivadas a não vender feijão - e ainda, por não ser possível calculo econômico justamente porque o governo fixou um, não se é possível que diferentes pessoas encontrem diferentes meios para satisfazer a demanda.

 

O sistema de preços me indicaria aonde devo investir, exemplos múltiplos:

- Se o problema é logístico - nesse caso, há feijão, mas a demanda de transporte não se encontra bem representada -, sei que devo investir em novos meios para o transporte do feijão.

- Se o problema se dá em fatores de produtividade, isto é, se o que é produzido de feijão é menor do que se é necessário para satisfazer a demanda, eu simplesmente investirei em novos métodos para produção de mais feijão; também se é possível aumentar a importação.

 

Tudo isto, entendam de uma vez por todas, só será possível se todos puderem aumentar a preferência temporal; a preferência temporal é o quanto de tempo é necessário para a satisfação de um determinado fim, se o meu acúmulo de capital me leva a pensar que será bom investir no capital humano - formação profissional -, eu irei investir lá, pois, sei que novas firmas englobam em novas demandas e há pouca oferta de mão-de-obra capacitada.

 

Isto é economia básica companheiros.

 

_____________

 

Então é claro que fixação de preços no regime bolivariano levou a escassez de alimentos:

1- Porque aumentou a demanda ao deixar o preço mais baixo que o mercado poderia suportar e isto tornou a venda de alimentos impropícia.

2- Sabendo que se é impossível vender alimentos, possíveis pequenos, médios e grandes investidores deixaram de investir na área justamente porque eles não receberiam retorno (lucro).

3- Sem a possibilidade de lucrar, com o governo deixando as oportunidades de lucro cada vez mais escassas é CLAAAAAAAAAAAAAAAARO que a Venezuela sairia de uma economia de investimento e iria para uma economia de consumo - onde as pessoas produzem para satisfazer diretamente seus desejos, ou seja, preferência temporal baixa.

4- Sim, tudo isto é culpa dos devaneios socialistas que querem ultrapassar as leis da economia!

 

_______________________

 

Os EUA são os maiores compradores diretos da Venezuela. Parem de chorar.

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Obrigado pela resposta a meus comentários.

 

Alguns pontos a serem esclarecidos:

 

- a natureza do ser humano em querer lucrar ou gerar valor. Não há evidência científica para qualquer dessas afirmações sobre a natureza humana.

- não lembro de ter argumentado em momento algum me posicionando contra os transgênicos, inclusive faço pesquisa na área, uér.

- os transgênicos são importantes sim para a produção em larga escala, mas você mais do que eu sabe que o monopólio gerado na indústria de melhoramento vegetal por conta das patentes fere a noção de livre-mercado, então prejudica a livre concorrência

- não entendi o fato de ter me autorrefutado

- afirmar que não existiria Floresta Amazônica sem os transgênicos não tem fundamentação lógica. Afinal de contas, como eu poderia observar a veracidade dessa ideia?

Último acesso: 12/04/2014 - 14:32

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Obrigado pela resposta a meus comentários.

 

Alguns pontos a serem esclarecidos:

 

- a natureza do ser humano em querer lucrar ou gerar valor. Não há evidência científica para qualquer dessas afirmações sobre a natureza humana.

- não lembro de ter argumentado em momento algum me posicionando contra os transgênicos, inclusive faço pesquisa na área, uér.

- os transgênicos são importantes sim para a produção em larga escala, mas você mais do que eu sabe que o monopólio gerado na indústria de melhoramento vegetal por conta das patentes fere a noção de livre-mercado, então prejudica a livre concorrência

- não entendi o fato de ter me autorrefutado

- afirmar que não existiria Floresta Amazônica sem os transgênicos não tem fundamentação lógica. Afinal de contas, como eu poderia observar a veracidade dessa ideia?

 

- Respondemos a incentivos, quase que, mecanicamente.

- Socialistas, geralmente, são contra transgênicos.

- Sou contra à Propriedade Intelectual, ela é imoral, ela cria propriedades abstratas, sendo quê, um produto vendido pode ser reproduzido naturalmente - isto levaria o fim da "propriedade virtual de meios de produção", que, por sua vez, descentralizaria ainda mais o mercado (o que, para um liberal, é excelente).

- Porquê a ocupação de terra aumentaria drasticamente enquanto a produtividade não.

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